No Dia da Indústria, veja como o Polo de Cubatão busca crescer

Empresas miram sustentabilidade, inovação e mão de obra capacitada; Ciesp alerta para fatores estruturais

Por: Redação  -  25/05/22  -  14:39
Atualizado em 25/05/22 - 19:59
Polo de Cubatão: proximidade com São Paulo, maior mercado do País, e Porto continua sendo vantagem
Polo de Cubatão: proximidade com São Paulo, maior mercado do País, e Porto continua sendo vantagem   Foto: Matheus Tagé/AT

As empresas que compõem o Polo de Cubatão têm investido em sustentabilidade, inovação tecnológica e capacitação dos trabalhadores. Mas, sobretudo, o setor, que nesta quarta-feira (25) comemora Dia da Indústria, busca retomar o protagonismo na economia.


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“A indústria nacional, e o Polo Industrial de Cubatão não é diferente, vem perdendo ao longo das décadas espaço no PIB nacional. Nosso setor segue investindo em tecnologia, inovação e sustentabilidade, mas existem fatores estruturais do nosso País que precisam ser revistos”, afirma Américo Ferreira Neto, diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) de Cubatão.


Ele lembra que, no ano passado, quando a pandemia mostrou sinais de enfraquecimento, ocorreu uma forte retomada econômica. Contudo, já houve uma estabilização dos mercados e das demandas, além de novas incertezas, principalmente por conta da guerra da Ucrânia.


Neto acredita que é necessário um pensamento integrado entre empresas e poder público (local, estadual e federal) em busca de melhores condições de competitividade. “É fundamental entendermos os planos e objetivos das empresas, chamar o Condesb, a InvestSP (agência de fomento do Governo do Estado) e os agentes federais para conversas e buscar caminhos de convergência”.


O diretor do Ciesp Cubatão explica que o polo tem algumas vantagens competitivas. “Estamos dentro de um dos maiores polos consumidores das Américas, temos diferenciais relevantes em Cubatão e devemos atuar de forma estratégica, em conjunto com os demais players locais para que seja possível atrair as empresas para cá”, afirma.


Ele cita o projeto Cubatão Fábrica de Oportunidades, onde são elencados 11 motivos para a indústrias de transformação se instalarem no polo, como a ligação estratégica com São Paulo e uma completa infraestrutura logística.


Emprego e qualificação
Uma questão decisiva para a recuperação desse protagonismo diz respeito aos empregos. Para Neto, contudo, ela não deve ser a única métrica para aferir o desempenho econômico das empresas.


“Quando uma indústria se moderniza, investe em novas tecnologias, melhora sua competitividade, nem sempre ela vai gerar mais empregos dentro de sua estrutura, mas vai fomentar outros setores relacionados. Com a Indústria 4.0, temos uma demanda cada vez maior por áreas relacionadas à automação e à tecnologia”.


Ele salienta a sinergia com as universidades da Baixada Santista e o trabalho conjunto com o Sistema S, que apoia as indústrias na formação de mão de obra qualificada e que deve diversificar seus cursos. O Senai oferece curso de prestação de serviços tecnológicos (instrumentação industrial e áreas classificadas).


Ele diz, ainda, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio de instituições do setor, elaborou uma agenda com 12 temas prioritários, como reforma tributária e modernização do setor elétrico, entre outros. “Não podemos trabalhar dissociados disso. Estamos vivendo em tempos em que tudo está ligado”.


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