Modalidade de residência continua atraindo pessoas que buscam mais espaços livres

Privacidade, espaço e autonomia são características que agradam os adeptos das casas. Apesar de cada vez mais verticalizada, a Baixada Santista ainda tem espaço (e mercado) para as construções horizontais.

De acordo com pesquisa realizada pela Brain Inteligência Estratégica, a maioria dos brasileiros gostaria de comprar uma casa, seja ela em um condomínio fechado (24%) ou localizada na rua (46%).

Esse cenário também tem sido observado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de SP (Creci-SP). No último mês de agosto, 25% dos imóveis comercializados na Baixada Santista foram casas.

“Desde o auge da pandemia, a preferência por casas aumentou. Enquanto o lockdown estava prevalecendo, o índice de pessoas que preferiram casas chegou a 70% (no Estado de São Paulo). Na região metropolitana da Baixada Santista, os apartamentos ainda prevalecem”, afirma o presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto.

“Em uma casa, as pessoas seguem as próprias regras e são mais independentes. Outra questão é o barulho: não ser incomodado por vizinhos e também não incomodá-los”, conta Viana sobre as razões que têm levado compradores a optarem por imóveis fora de condomínios.

Na opinião do diretor da imobiliária R3 Real State, Sthefano Lopes, há um mercado forte para esse tipo de imóvel em Santos. “Cerca de 20% dos nossos clientes estão à procura de casas”, conta ele. “Uma casa sobreposta nova pode ter o preço do metro quadrado de 15% a 20% inferior na comparação com um apartamento novo na mesma região. Santos tem essa característica das sobrepostas por conta do custo do terreno”, explica. Segundo Lopes, em Santos, trata-se de um mercado mais aquecido em bairros como Embaré, Ponta da Praia e Marapé.