Especialistas recomendam analisar e acompanhar variações de mercado

Nos últimos cinco anos, o índice dos fundos imobiliários rendeu 50,92%, diz especialista

Por: ATribuna.com.br  -  23/09/23  -  22:02
Fundos imobiliários são ativos de renda variável, portanto, não tem como saber quanto irá render, explica especialista
Fundos imobiliários são ativos de renda variável, portanto, não tem como saber quanto irá render, explica especialista   Foto: Pixabay

Segundo Viviam Ester de Souza, economista da Unisanta, considerando os últimos dois anos, os FIIs renderam em média 9% ao ano, ou seja, esta foi a rentabilidade resultante dos proventos em relação ao valor da cota do fundo.


“Nos últimos cinco anos, o índice dos fundos imobiliários rendeu 50,92%. De qualquer modo, é possível encontrar resultados bem maiores, dependendo do fundo, pois existem muitas variações de rendimento entre eles. Por isso, é importante acompanhar cada uma das opções dos fundos e verificar quais as que possuem maior potencial de valorização”, orienta Viviam.


O assessor de investimentos Danilo Tavares concorda. “Fundos imobiliários são ativos de renda variável, portanto, não tem como saber quanto irá render. A métrica mais utilizada no mercado é o índice IFIX (índice de fundos imobiliários). Este índice funciona muito parecido com o índice Ibovespa. Atualmente o IFIX possui 109 fundos, sendo que cada fundo possui um peso diferente. O IFIX começou a ser divulgado em outubro de 2012 e, desde então, rendeu aproximadamente 112%”, diz.


Riscos
Assim como todo investimento de renda variável, o FII possui riscos. O maior risco é perder rendimento com a queda do valor de mercado das cotas dos fundos e assim, ter menores proventos mensais, consequentemente, os rendimentos em relação ao investimento inicial serão menores. Outro risco é comprar a cota com valor muito alto e depois acabar vendo seu investimento desvalorizar no mercado, pois o preço das cotas oscila diariamente. Por isso, é essencial acompanhar os movimentos do mercado e buscar comprar cotas que tenham preços justos, com potencial de valorização e que pagam bons proventos.


Outra dica é diversificar sua carteira de investimentos, com diferentes FIIs e diferentes ativos. “Nunca investir todo o capital em um único tipo de investimento”, aconselha Viviam.


Aquisição
Qualquer pessoa pode investir em Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). A aquisição ocorre por meio de corretoras autorizadas que o investidor precisa se cadastrar, podendo operar pelo celular ou computador. A maioria das corretoras não cobram taxa de corretagem, mas todo investimento que é negociado na Bolsa de Valores irá pagar a taxa de emolumentos da B3 nas notas de corretagem e os FIIs pagam taxas administrativas para o gestor do fundo.

Ainda assim, é considerado um tipo de investimento relativamente fácil. O perfil para este tipo de investimento é ‘moderado’ ou ‘agressivo’, já que os valores das cotas oscilam. Segundo dados do boletim mensal de FIIs da B3, a quase totalidade desses investidores (99,7%) é formada por pessoas físicas — os fundos imobiliários possuem isenção de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos. Para se ter uma ideia, em 2018, a Bolsa de Valores brasileira contava com 208 mil investidores de fundos imobiliários. Em agosto de 2023, esse número passou para 2,3 milhões


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