Segundo Viviam Ester de Souza, economista da Unisanta, considerando os últimos dois anos, os FIIs renderam em média 9% ao ano, ou seja, esta foi a rentabilidade resultante dos proventos em relação ao valor da cota do fundo.
“Nos últimos cinco anos, o índice dos fundos imobiliários rendeu 50,92%. De qualquer modo, é possível encontrar resultados bem maiores, dependendo do fundo, pois existem muitas variações de rendimento entre eles. Por isso, é importante acompanhar cada uma das opções dos fundos e verificar quais as que possuem maior potencial de valorização”, orienta Viviam.
O assessor de investimentos Danilo Tavares concorda. “Fundos imobiliários são ativos de renda variável, portanto, não tem como saber quanto irá render. A métrica mais utilizada no mercado é o índice IFIX (índice de fundos imobiliários). Este índice funciona muito parecido com o índice Ibovespa. Atualmente o IFIX possui 109 fundos, sendo que cada fundo possui um peso diferente. O IFIX começou a ser divulgado em outubro de 2012 e, desde então, rendeu aproximadamente 112%”, diz.
Riscos
Assim como todo investimento de renda variável, o FII possui riscos. O maior risco é perder rendimento com a queda do valor de mercado das cotas dos fundos e assim, ter menores proventos mensais, consequentemente, os rendimentos em relação ao investimento inicial serão menores. Outro risco é comprar a cota com valor muito alto e depois acabar vendo seu investimento desvalorizar no mercado, pois o preço das cotas oscila diariamente. Por isso, é essencial acompanhar os movimentos do mercado e buscar comprar cotas que tenham preços justos, com potencial de valorização e que pagam bons proventos.
Outra dica é diversificar sua carteira de investimentos, com diferentes FIIs e diferentes ativos. “Nunca investir todo o capital em um único tipo de investimento”, aconselha Viviam.
Aquisição
Qualquer pessoa pode investir em Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs). A aquisição ocorre por meio de corretoras autorizadas que o investidor precisa se cadastrar, podendo operar pelo celular ou computador. A maioria das corretoras não cobram taxa de corretagem, mas todo investimento que é negociado na Bolsa de Valores irá pagar a taxa de emolumentos da B3 nas notas de corretagem e os FIIs pagam taxas administrativas para o gestor do fundo.
Ainda assim, é considerado um tipo de investimento relativamente fácil. O perfil para este tipo de investimento é ‘moderado’ ou ‘agressivo’, já que os valores das cotas oscilam. Segundo dados do boletim mensal de FIIs da B3, a quase totalidade desses investidores (99,7%) é formada por pessoas físicas — os fundos imobiliários possuem isenção de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos. Para se ter uma ideia, em 2018, a Bolsa de Valores brasileira contava com 208 mil investidores de fundos imobiliários. Em agosto de 2023, esse número passou para 2,3 milhões