O especialista em desenvolvimento organizacional e de pessoas Hudson Carvalho abriu o terceiro painel do 2º Encontro Porto & Mar 2021, nesta terça-feira (21), pedindo mais atenção aos trabalhadores portuários. Ele aproveitou a presença do secretário nacional de Portos, Diogo Piloni, para frisar que a mão de obra não deve ser esquecida no processo de desestatização do Porto de Santos.
"Aproveito este espaço para pedir ao secretário que questões da qualificação e das relações do trabalho não sejam esquecidas no edital (de desestatização do Porto). É preciso pensar na relação do Porto com a Cidade e também é necessário que os profissionais portuários busquem qualificação", comentou Carvalho.
Para ele, o trabalhador portuário precisará ter diferenciais daqui para frente. Navegar em mais de uma área, como os setores operacional e tecnológico, por exemplo, cada vez mais será uma exigência a ser cumprida.
"Vivemos num ambiente que tem uma certa dicotomia. Há falta e sobra de mão de obra. Se eu subo um degrau na qualificação da mão de obra, falta trabalhador. E há um grupo de pessoas que não terão tempo de se qualificar. Vejo que esses cronogramas que virão pela frente deverão ser coordenados, para incluir também um fator de proteção social", ponderou o especialista.
Também participaram da terceira mesa de debates o advogado Lucas Renio; o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), Celso Peel Furtado de Oliveira; o diretor da Autoridade Portuária de Santos (APS), Bruno Stupello; e o presidente Federação Nacional dos Estivadores, José Adilson Pereira.