Secretário de Portos garante que privatização em Santos ocorrerá até 2022

Diogo Piloni prometeu que Governo Federal não cometerá os erros dos portos australianos

Por: Bruno Almeida  -  21/09/21  -  17:42
Atualizado em 22/09/21 - 14:08
 O secretário nacional de Portos, Diogo Piloni, participa do evento promovido pelo Grupo Tribuna
O secretário nacional de Portos, Diogo Piloni, participa do evento promovido pelo Grupo Tribuna   Foto: Matheus Tagé/AT

O secretário nacional de Portos, Diogo Piloni, disse que o Porto de Santos deve ser privatizado até o final de 2022. Na segunda mesa de debates do 2º Encontro Porto & Mar 2021, realizado na tarde desta terça-feira (21) no auditório do Grupo Tribuna, ele afirmou que não há "nenhum elemento hoje" que impeça a entrega dos portos previstos para concessão.


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Piloni se mostrou a favor de que não haja uma "sobrerregulação" e que todos os interessados na movimentação portuária tenham o mesmo peso neste processo. Antes da mesa de debates ter início, o secretário se mostrou bastante otimista com o processo de desestatização pelo qual o Porto de Santos passará.


"Se um operador faz grande investimento na sua estrutura, isso, em algum momento, pode estar obstaculizado se o canal (de navegação) não estiver adequado. E aquele gargalo que não viria pelo investimento do operador, viria pela ineficiência do papel da Autoridade Portuária. No momento, há bons exemplos de gestões publicas. Santos, por exemplo, tem uma equipe de diretoria que faz um bom trabalho, mas o modelo de gestão é restritivo, com uma legislação que não permite que a Autoridade Portuária alce os voos que precisa e merece".


O diretor-presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murilo Barbosa; o advogado Marcelo Sammarco; o presidente do conselho da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Clythio Buggenhout; e o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), Régis Prunzel, questionaram se Piloni enxergava algum efeito negativo na desestatização do Porto de Santos.


Entre os temores citados por eles, está um processo ocorrido no Porto de Melbourne, na Austrália, que passou por desestatização semelhante e viu ocorrer uma escalada nos valores das tarifas sobre as movimentações.


"Os erros dos australianos nós não vamos cometer aqui. O xis da questão é se a gente tem condições de atender de forma aberta e transparente e com a participação de quem deve participar do processo, os operadores, que são uma das partes mais beneficiadas deste modelo", afirmou o secretário.


Além de Santos, Piloni lembrou que outros portos brasileiros - São Sebastião (SP) e Itajaí (SC) - também devem passar pelo processo de desestatização nos próximos meses.


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