Equipamentos simulam dragagem em Roterdã e impressionam comitiva do Porto de Santos

Empresários brasileiros visitam sede da Van Oord, na Holanda, no principal porto europeu

Por: Maurício Martins  -  14/06/22  -  10:26
Um enorme telão projeta cada detalhe para quem vai aprender a operar uma draga no Porto de Roterdã
Um enorme telão projeta cada detalhe para quem vai aprender a operar uma draga no Porto de Roterdã   Foto: Maurício Martins/AT

Sentado em uma cadeira, cercado de comandos computadorizados e uma paisagem idêntica à enfrentada no mar, faça chuva ou faça sol, é fácil esquecer que se trata de uma simulação. O enorme telão projeta cada detalhe para quem vai aprender a operar uma draga.


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A embarcação é responsável por retirar sedimentos (areia e pedra) do canal de navegação e manter a profundidade para a passagem dos navios. Uma empresa holandesa, a Van Oord - mesma que faz a atual dragagem no Porto de Santos - possui modernos e realistas simuladores.


Em Santos, a companhia trabalha para manter a profundidade de 15 metros no canal do estuário (em Roterdã, ela chega a 25), com uma draga com capacidade para 10 mil metros cúbicos de sedimentos. Na segunda-feira (13), a comitiva entrou e almoçou na maior draga da companhia, com capacidade para 40 mil metros cúbicos.


Erick Aeck, diretor da Van Oord no Brasil, afirma que não há diferença na dragagem feita pela empresa, e sim nos contratos com cada porto.


A comitiva Porto & Mar esteve nas instalações da empresa Van Oord
A comitiva Porto & Mar esteve nas instalações da empresa Van Oord   Foto: Maurício Martins/AT

Programação

Autoridades, representantes de entidades e empresários do setor portuário brasileiro cumprem uma agenda técnica pela comitiva Porto & Mar 2022. A viagem complementa o seminário realizado em março. O objetivo é entender, na prática, como o Porto de Roterdã aplica novas tecnologias e implementa as melhores políticas no setor.


Ainda na segunda-feira, foram visitados um armazém que une o conceito de porto e indústria e os terminais de curta distância de Roterdã, totalmente automatizados. Não há portões e cabines com funcionários. Um sistema informatizado faz o reconhecimento de caminhões e motoristas e libera a entrada para carga e descarga.


Nesta terça-feira (14), a comitiva terá uma aula sobre portos inteligentes na Shipping and Transport College (STC ou, na tradução do inglês, Faculdade de Transporte e Navegação), localizada às margens do Rio Maas (o canal de navegação do Porto de Roterdã). Todos receberão certificados.


Na programação, há uma visita no Centro de Simuladores do porto europeu, onde pessoas são capacitadas para operar máquinas em modernos equipamentos bem próximos da realidade. O grupo também conhecerá detalhes de um dos mais avançados terminais de contêineres do mundo, com as operações totalmente automatizadas e controladas por computadores. Ele foi construído em Maasvlakte 2, uma área de expansão do Porto de Roterdã, e é operado pela APM Terminals.


Na quarta-feira (15), os integrantes da comitiva do Grupo Tribuna têm um encontro com René van der Plas, diretor internacional do Porto de Roterdã. Além disso, está prevista uma apresentação técnica sobre o projeto do túnel submerso Maas Delta. A comitiva entrará no túnel para ver de perto os detalhes da obra.


A programação termina com a participação da comitiva no TOC Europe, principal evento do mundo para profissionais da cadeia portuária de suprimentos e de carga. O TOC reúne milhares de profissionais do setor, de dezenas de países. O Grupo Tribuna criou um painel exclusivo para a participação brasileira e três integrantes da comitiva vão falar sobre os portos do Brasil, das 15 às 17 horas locais, no complexo de eventos Rotterdam Ahoy.


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