Força Roy – Força Israel!

Eu defendo a paz

Por: Maxwell Rodrigues  -  11/10/23  -  06:00
Força Roy!
Força Roy!   Foto: Divulgação

Difícil não opinar sobre a recente guerra deflagrada entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Os acontecimentos já impactam o mundo inteiro e, em pouco tempo, chegarão ao setor portuário. Os conflitos na região inflamaram a instabilidade política e teremos implicações diretas no comércio exterior.


Em maio e junho deste ano, a Missão Internacional Porto & Mar Brasil-Israel, do Grupo Tribuna, levou mais de 40 executivos e autoridades do setor portuário a terras israelenses. Na ocasião, os participantes da comitiva ficaram impressionados com tamanho desenvolvimento e avanço em inteligência artificial, cibersegurança, biotecnologia e outros setores, como a medicina. Conhecemos o poder tecnológico de Israel e o quanto eles investem em inovação e no setor portuário. Um país que, pela escassez de recursos em várias frentes, obrigatoriamente precisa inovar.


Israel não pode ser crucificado por ter se tornado soberano quando o assunto é investimento, inovação, tecnologia e desenvolvimento. Sabemos que o grupo terrorista Hamas tomou a iniciativa de começar os conflitos e é legítimo que haja ações de Israel por meio de sua força bélica e tecnológica. Os israelenses fizeram altos investimentos para defender seus interesses e sua população. O mundo não deve criticar nem julgar Israel por ter feito sua lição de casa. O país não pode ser vítima do seu sucesso. Isso é inversão de valores.


Israel se destaca como líder global, alimentado por seu ecossistema empreendedor e de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. As empresas israelenses são conhecidas por criar soluções inovadoras com aplicações em todo o mundo, o que se torna um ativo valioso nas relações comerciais globais. Israel desempenha também um papel fundamental no comércio internacional por meio de seus portos bem desenvolvidos.


Ashdod e Haifa são dois complexos portuários que atuam como ponte crucial ao transporte de mercadorias entre os continentes. O Porto de Haifa, um dos maiores do Mediterrâneo Oriental, lida com diversas cargas, desde contêineres até produtos químicos. Além disso, serve como um ponto de entrada para Israel e nações vizinhas, abrindo caminho a mercados regionais. Já Ashdod é conhecido por sua eficiência e capacidade de acomodar navios de grande porte. Sua infraestrutura moderna e suas operações avançadas contribuem para a fluidez do comércio internacional, tornando-o um dos portos mais movimentados de Israel.


Eu e os demais integrantes da comitiva vimos o quanto eles são eficientes. Também tive a oportunidade de conhecer um povo hospitaleiro, respeitador e que faz de tudo para agradar aos milhares de turistas que visitam o país. Na oportunidade, me senti completamente seguro. Tel Aviv é um lugar lindo. Fomos recebidos por pessoas fantásticas, que nos mostraram com orgulho tudo o que havia sido feito e o que será desenvolvido para o setor portuário israelense.


Nesse ambiente, conheci Roy Avrahami chefe de inovação do Porto de Ashdod, que nos recepcionou com total admiração e respeito. Ele conseguiu proporcionar à comitiva internacional do Grupo Tribuna uma visão ampla do trabalho desenvolvido no complexo portuário, que abrigava 50 startups com jovens e empreendedores. Essas empresas embrionárias trabalhavam com a proposta de fortalecer as operações portuárias por meio de sistemas e hardwares. Um projeto muito bonito de ver e acompanhar. Uma experiência única.


Usei alguns verbos no passado porque não sei como e de que maneira tudo o que vivenciamos seguirá daqui por diante. Assim como milhares de israelenses, Roy foi convocado para a guerra. No último domingo, consegui contato com ele e outros amigos que fiz em Israel e todos foram unânimes em dizer que estavam atordoados com a seriedade e gravidade da situação, mas também ressaltaram o sentimento de defender seu país a qualquer custo.


Em minha conversa com Roy, ficou claro que Israel sempre teve uma proposta de paz para a região e ao longo de décadas defendeu sua existência. Quem já foi a Israel percebe isso notoriamente. Um povo que defende a vida e o avanço da humanidade, como pude presenciar este ano. Hoje, eu sinto parte da dor daquele povo. Um país, um sistema portuário e uma população que aprendi admirar.


Eu defendo a paz. Roy defendia o porto e agora defende a sua vida e de milhares de israelenses. Força, Roy! Força, Israel! Oremos!


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