Diálogos da Maturidade: Quem cuida dos parentes também precisa de apoio

Pessoas que têm familiares com Alzheimer ou profissionais que lidam com eles precisam de assistência

Por: Redação  -  29/07/21  -  07:41
 Considerações foram feitas em mais uma live do projeto Diálogos da Maturidade, do Grupo Tribuna
Considerações foram feitas em mais uma live do projeto Diálogos da Maturidade, do Grupo Tribuna   Foto: Matheus Tagé/AT

Quem tem um parente com sintomas de Alzheimer sabe o quanto são necessários ingredientes como compreensão e disposição para prestar assistência a ele. Mas, além do paciente, quem está ao lado dele também merece atenção. É o caso dos cuidadores, sejam parentes ou profissionais contratados para esse fim.


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O alerta é deixado pelos especialistas que participaram de mais uma live do projeto Diálogos da Maturidade, promovida nas redes sociais do Grupo Tribuna. A conversa sobre o tema Memória e Saúde Mental teve mediação da gerente de Projetos e Relações Institucionais, Arminda Augusto, e da repórter Janaína Hohne, da TV Tribuna.


A tarefa de cuidar do paciente com Alzheimer não torna o cuidador uma pessoa que não tem vida própria. A busca por atividades que fortaleçam física e mentalmente quem cuida são vitais para exercer a tarefa da melhor forma.


“Deve haver sensibilidade de quem não cuida diretamente da pessoa com Alzheimer. É comum o cuidador adoecer. Cabe aos médicos também virarem o olhar para eles, durante uma consulta, e perguntarem como se sentem”, ensina o psiquiatra Marcos Vasconcelos Pais, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.


Novas habilidades


Pais lembra que o desenvolvimento de habilidades pode, de alguma forma, ajudar a prevenir o surgimento do Alzheimer. “Novas atividades, adquirir novos interesses, é sempre um desafio para o cérebro. Se há uma genética desfavorável, mas se investe em prevenção, mesmo tardiamente, pode-se adiar o início do adoecimento, ou tê-lo de forma menos dramática.”


O médico geriatra Alberto Macedo Soares acredita que a retomada gradual das atividades físicas é muito importante. “Destaco a importância de caminhar. Não é para o idoso saltar de bungee jump, mas desfrutar dessa autonomia que voltamos a ter”, observa.


Os dois profissionais ressaltam que nem todo esquecimento ou perda de memória é indício de Alzheimer. Mas que a perda de função cognitiva acima do normal pelo avanço da idade precisa ser avaliada.


“Quem tem que promover ou conduzir um paciente a uma investigação é sempre um profissional. Uma precipitação pode trazer estragos”, acrescenta Soares.


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