Recuperação econômica é compromisso, afirmam figuras políticas da região

Desenvolver novas vocações, investir em tecnologia e estimular geração de novos empregos fazem parte da “lição de casa"

Por: Redação  -  05/09/21  -  09:35
 Polo de Cubatão é uma questão a ser resolvida em termos de competitividade
Polo de Cubatão é uma questão a ser resolvida em termos de competitividade   Foto: Rogério Soares/Arquivo

A Região Metropolitana da Baixada Santista tem um encontro marcado com a recuperação econômica. O desafio não é pequeno e pede empenho de todos mas, sobretudo, estratégias e planejamento. Com o Porto de Santos e o Polo Industrial de Cubatão buscando reforçar seu peso na economia regional, a ordem é: buscar novas soluções, novas vocações, para afastar o fantasma da falta de emprego e queda na renda.


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“Crescemos em população, mas não aumentamos a economia. É uma falsa ideia de que nós melhoramos a economia. É só pegar os relatórios do Caged e os socioeconômicos da nossa região e a gente percebe que nós perdemos postos de trabalho. Por conta dos avanços tecnológicos, de concorrência para atividades em outros locais do Brasil. E, automaticamente, não criamos novos postos de trabalho, num rearranjo regional. Isso foi um erro que nós cometemos”, aponta o ex-prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão.


Ele cita o Polo de Cubatão como uma questão a ser resolvida em termos de competitividade. “A gente precisa fazer um rearranjo produtivo. Reorganizar a produção com investimento do Estado, que também precisa fazer o seu papel, discutir a várias mãos com as prefeituras e, agora, a sociedade civil”, raciocina. “A gente olha para Cubatão e percebe o quanto poderíamos gerar de empregos. Poderia dar uma resposta amanhã, se o Governo do Estado olhasse com outros olhos. Temos que ser vistos como polo de exportação. Podemos ser um hub de abastecimento da América do Sul”, acrescenta.


A navegação de cabotagem, que aguarda a aprovação da BR do Mar na Câmara, é vista como primordial pelo ex-prefeito de Praia Grande. “O transporte por águas internas pode ser um grande polo de desenvolvimento”, vislumbra.


Prefeito de Santos e presidente do Condesb, Rogério Santos acredita que a aposta nas atividades com viés tecnológico pode trazer dividendos para a região. “O que eu vejo, numa região pequena em termos de território, como a nossa, é investir em tecnologia em seus novos formatos. É uma região compacta. Precisamos trabalhar em tecnologia da informação”, pondera.


Ensino


Para ele, o “pulo do gato” passa por trazer a criação, o desenvolvimento, a parte intelectual dos grandes projetos para a nossa região. “Isso não necessita de grandes plantas: vejo a tecnologia como a nova vocação da Baixada”, diz, lembrando a importância das instituições de Ensino Superior para a região.


Mourão, por sua vez, reforça que o ensino público, em especial, tem peso ainda maior. “Sou um crítico, há anos, dessa questão da universidade pública. As universidades particulares têm sua demanda. Mas quem tem condições de pagar? Ela tem cumplicidade com o setor produtivo local. Ela passa a ser, além de um formador de mão de obra, um pesquisador regional, que acaba ajudando a pensar a região de uma forma diferenciada”.


O chefe do Executivo santista lembra que o Porto, atualmente, é um grande movimentador de commodities. “Nosso Porto vive, essencialmente, do agronegócio. Não temos uma indústria forte no Brasil, e isso piora a cada momento, por conta da falta de competitividade internacional. Então, a questão da industrialização, especialmente a indústria de base, caso de Cubatão, é um processo problemático do Brasil”, diz.


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