Enquanto o número de vagas formais caiu de maneira significativa em uma década na Baixada Santista, o aumento de microempreendedores individuais (MEIs) atingiu níveis estratosféricos na Região.
Segundo dados apresentados por Rodolfo Amaral, da Data Center Brasil, a quantidade de MEIs era de 7.369 em 2010. No ano passado, o número atingiu 153.959. Ou seja, um crescimento de 146.590 inscrições, mais de 20 vezes.
“Evidentemente que muitos estavam no mercado informal, em que eram trabalhadores autônomos, não tinham nenhuma legalização e fizeram isso em função dessas vantagens, em razão da Reforma da Previdência. Como também muitas pessoas foram obrigadas a se transformar em MEIs para continuar trabalhando para a própria empresa, saindo do lado da carteira assinada”, afirma o jornalista especialista em Gestão Pública e analista de dados.
Segundo o Sebrae, 82% das micro e pequenas empresas da Baixada Santista estão concentradas em cinco das nove cidades.
A maior parte está em Santos (30%), seguido de Praia Grande (17%) e com Guarujá bem perto (16%). São Vicente também está na cola (15%). A mais distante do quinteto é Cubatão (4%).
“Muitos enxergam o MEI como forma de sustento da família porque não veem como se empregar novamente”, sentencia Marco Aurélio Rosas, gerente do Sebrae-SP na Baixada Santista.