Na busca por adesão à cultura, ESG ganha fôlego com consultoria

Auxílio no entendimento sobre como proceder é um dos atrativos

Por: Redação  -  10/10/21  -  14:52
 Para o consultor, empresas devem acumular “poupança reputacional” para lidar com momentos de crise
Para o consultor, empresas devem acumular “poupança reputacional” para lidar com momentos de crise   Foto: Mediensturmer/Unsplash

Aprender as diretrizes de uma política ESG não é algo que pode ser feito do dia para a noite. Requer estudo, preparação, adequação de procedimentos e, sobretudo, vontade de mudar. Buscar ajuda para levar adiante esse processo pode ser um passo importante.


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O Grupo FSB lançou recentemente a Beon, uma consultoria de sustentabilidade. Segundo a holding de relações públicas, o objetivo é gerar impactos socioambientais positivos enquanto apoia clientes em suas jornadas de ESG. “Nesse momento de transformação e grandes desafios, as empresas são vistas como parte do problema – e da solução. Boa parte delas precisa de apoio para desenvolver suas estratégias”, explica Danilo Maeda, consultor de sustentabilidade e jornalista que, nos últimos anos, desenvolveu projetos na área para empresas e organizações de diversos segmentos.


Ele conta que a receptividade vem sendo boa. Após o lançamento da marca, há dois clientes ativos e outros em negociação. “Temos visto que o interesse pelo tema cresce. E isso tem acontecido em todas as frentes: investidores entendem que boa gestão ESG é sinônimo de menor risco, consumidores desejam engajamento das marcas com causas sociais e talentos procuram empresas com valores alinhados aos seus, por exemplo. Soma-se a isso o fato de que, para evitar o pior, temos pouco tempo para tratar os grandes desafios globais, como mudanças climáticas e desigualdade social”, avalia.


Maeda acredita ainda que o entendimento de que não se trata apenas de preocupação com os aspectos ambientais, mas também social e de governança, por partes das empresas, passa por um processo de educação e comunicação.


“O interesse pelo tema é relativamente novo para a maioria das pessoas, então é importante utilizar linguagem acessível e amigável. Trocar em miúdos, insistir em conversar e explicar o conceito quantas vezes forem necessárias. Como atuo na área há alguns anos, é possível perceber avanços. Por exemplo: atualmente, nas reuniões de trabalho, não preciso mais explicar o que significa a sigla ESG, pois ela ficou amplamente conhecida no mundo corporativo. Só é importante lembrar que o mundo real é diferente das salas de reunião com carpete e ar-condicionado”.


Reputação x fake News


O consultor reforça a necessidade de as empresas construírem uma espécie de “poupança reputacional” enquanto as coisas vão bem –e que pode ser útil, no caso da propagação de alguma fake news, por exemplo. “Isso possibilita que a empresa tenha o benefício da dúvida quando surgir algum problema – ou suspeita de problema. Para isso, é preciso boa comunicação e ação prática: cuidar dos impactos gerados pelo negócio, engajar com os públicos relevantes com iniciativas que adicionam valor a eles, estabelecer relacionamentos saudáveis com quem depende da empresa ou pode influenciar o mercado, etc”.


Maeda defende, ainda, que o conceito informal de que “notícia ruim é que vende” deve ser revisto pelas empresas de comunicação. “Entendo que esse paradigma tem mudado e boas iniciativas com impactos significativos tem sido noticiadas com maior frequência e espaço. Mas o papel fiscalizador da imprensa continua fundamental para apontar à sociedade os problemas reais que precisam ser endereçados. Isso direciona esforços do poder público e das empresas na direção de questões que talvez ficassem esquecidas sem o jornalismo”, finaliza.


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