Mobilidade urbana é fundamental para consolidar Região Metropolitana

Melhorias nos deslocamentos entre cidades da região, aliadas a um pensamento sustentável, norteiam políticos

Por: Redação  -  05/09/21  -  10:35
 Nos últimos 15 anos, a população do Litoral Sul aumentou 350 mil habitantes, e de Guarujá, 150 mil.
Nos últimos 15 anos, a população do Litoral Sul aumentou 350 mil habitantes, e de Guarujá, 150 mil.   Foto: Matheus Tagé/AT

Uma população de quase 2 milhões de habitantes que transita todos os dias entre as cidades da Região. Fazer isso sem maiores problemas é algo que, aos poucos, vai deixando de ser um transtorno. Mas há muito o que fazer, e as autoridades, de todas as esferas, têm ciência disso; a mobilidade urbana é uma prioridade para consolidar uma região, de fato, como metropolitana, inclusive com igualdade de oportunidades.


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“Não há como falar em integração sem uma coisa: mobilidade. Quando um cidadão, do centro geográfico de uma região, enxerga que pode trabalhar sem transtorno, em apenas 15 minutos, pode acessar um grande complexo empresarial que vai fornecer 15 mil empregos, ele passa a poder disputar em igualdade de condições. Quando ele sai de Peruíbe e consegue acessar esse complexo, ou quando sai de Bertioga e também consegue acessar, se houver uma dinâmica, e um cara de Guarujá, aí a gente consegue desenvolver uma pressão muito melhor”, pontua o ex-prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão.


Ele lembra que a expansão da população em direção às cidades vizinhas, para trabalho ou moradia, não observou a necessidade de que as vias de acesso e os meios de transporte fossem compatíveis com a nova realidade.


“Não dá para falar de desenvolvimento econômico sem mobilidade. Não dá para falar em Educação sem mobilidade. Não dá para falar de saúde sem mobilidade. Então era um tema forte, que procurava a integração dos municípios. Ali, naquele momento (da criação da RMBS), tínhamos a cidade de Santos sendo um dos maiores PIBs, junto com Cubatão, mas as outras cidades com população pequena e grande dificuldade econômica. Tanto que se buscava todos os serviços na cidade de Santos. E a gente não tinha mobilidade”.


Ele lembra que a falta de mobilidade também acabou atrasando a chegada de empresas e empregos para regiões mais distantes do cento da Baixada Santista. “Nós sabíamos que a região não poderia continuar crescendo do ponto de vista econômico, criando novos postos de trabalho, no mesmo solo. Principalmente dentro de Santos. São Vicente já não tinha espaço.


Nos últimos 15 anos, a população do Litoral Sul aumentou 350 mil habitantes, e de Guarujá, 150 mil. E o centro se manteve estático. Então, essa mobilidade é problemática para nós”.


Plano


Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi destaca os planos referentes à mobilidade. “Temos avanço na mobilidade, com o VLT, o plano de resíduos sólidos, agora fazendo um plano de mobilidade e logística, apoiado pelo Programa Euroclima+, da União Europeia”, referindo-se ao Plano Regional de Mobilidade Sustentável e Logística da Baixada Santista (PRMSL-BS), que inclui ações de mitigação e adaptações aos efeitos das mudanças climáticas. A iniciativa conta com apoio financeiro de 500 mil euros (cerca de R$ 3 milhões) da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e com prazo de 15 meses para conclusão.


O plano tem como metas reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE), de partículas poluentes e o consumo de energia não renovável. Medidas de redução das desigualdades de renda e a melhoria da qualidade de vida da população em toda a região também estão incluídas.


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