Manter ações sociais consistentes é desafio para empresas

A pandemia trouxe à luz diversas atitudes positivas de empresas, que deram demonstrações de ações sociais

Por: Redação  -  10/10/21  -  14:53
 Escolhas dos consumidores também podem ser afetadas pelas atitudes das marcas: estar em sintonia com o cliente é cada vez mais essencial
Escolhas dos consumidores também podem ser afetadas pelas atitudes das marcas: estar em sintonia com o cliente é cada vez mais essencial   Foto: Kate Sade/Unsplash

A pandemia trouxe à luz diversas atitudes positivas de empresas, que deram demonstrações de ações sociais. Da arrecadação de alimentos ao fornecimento de máscaras, muitas pegaram carona no momento solidário e expuseram suas marcas. No entanto, manter um trabalho consistente, que também inclui práticas que remetem ao ESG, é outra coisa. Separar o joio do trigo, a atitude verdadeira da mera promoção, é mais um desafio imposto à sociedade.


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“Uma das questões que ainda são bem iniciais são os indicadores de integridade, desde a não-corrupção ao impacto de todos os aspectos do ESG. Umas das principais formas de ver o que é marketing e atitude séria é quanto que a retenção, a atração de talentos”, explica Luiz Fernando Lucas, autor do livro A Era da Integridade – Homo Conscious - A Próxima Evolução (Editora Gente).


Ele crê que a taxa de turnover, que mede a rotatividade nas empresas, é uma boa métrica para analisar o quanto determinada empresa é atraente para quem trabalha nela. “Quando vem uma nova tendência, as placas tectônicas questão “chacoalhando” e transformando muito o mundo, você tem um tanto de gente querendo entrar no grupo, entrar na fila para se dizer também parte”, complementa.


As razões para mudar


O profissional elenca três motivos básicos para a empresa entrar de cabeça no espectro ESG: consciência, inteligência ou necessidade. “Pela consciência, é avaliar tudo o que minha empresa, o meu papel como líder, o meu papel como pessoa faz que impacta, pelas ações ou omissões, no social e ambiental, e como faço tudo isso de forma transparente. Pela inteligência, é sobre maior retenção de talentos, atração, melhor clima, e obter a preferência de consumidores e do mercado. E necessidade é de sobrevivência. Ainda que entre com atraso neste objetivo, o faça de forma inteligente”, ensina.


Lucas alerta que as empresas que não apresentem um engajamento sólido serão cobradas por isso. “Porque a sociedade não vai tolerar. Vai haver muitos questionamentos. Quando há muita dicotomia entre riqueza e pobreza, gera violência. Quando falta confiança sobre o papel de um líder, traz também baixa felicidade.


O consultor Danilo Maeda, da holding FSB, vai na mesma linha. Para ele, transformar as ações da pandemia em algo perene é um desafio que deve movimentar a todos.


“Podemos usar, para esse conjunto de práticas, como sustentabilidade empresarial. De qualquer forma, trata-se de uma agenda de longo prazo por natureza. Momentos de emergência, como a pandemia, trazem um engajamento pontual relevante e útil para responder problemas urgentes. É um desafio perenizar essa mudança de postura, mas há muitas oportunidades e valor a ser criado para quem decide seguir por esse caminho”, pontua.


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