O universo corporativo vem se acostumando a essas três letras, ESG, há algum tempo. O acrônimo que vem do inglês
É o que propõe mais uma edição do projeto A Região em Pauta, cuja live foi realizada na última terça-feira no Facebook do Grupo
Adotar as práticas de ESG não deve ser encarado como um diferencial para as empresas, mas como um compromisso, que pode representar a própria sobrevivência. E o momento pede avanço não só nos debates, mas nas ações práticas.
A preocupação se justifica: de acordo com a Agência Bloomberg, o montante mundial ligado, de alguma forma, a essa temática, representou US$ 38 trilhões (R$ 209,7 trilhões) em 2020 e deve chegar, em 2025, a US$ 53 trilhões (R$ 292.5 trilhões), equivalente a um terço dos ativos de investimentos.
“O que o ESG traz de novo é a perspectiva do setor financeiro com relação à sustentabilidade. Ele sempre foi o binômio risco x retorno. E a questão do risco é analisada para além dos fatores tradicionais para também as questões ambientais, sociais e de governança”, explica Carlo Linkevieius Pereira, diretor do Pacto Global da ONU, gênese desse conceito.
Pereira observa que o atual momento apresenta uma crise de confiança entre vários setores da sociedade e, principalmente, uma crise intergeracional.
“As gerações atuais têm outros valores, quando comparados aos nascidos das décadas de 40, 50, 60.... É isso que passa a imperar. Em 2030, 70% da força de trabalho será de pós-millenials. E 40% da riqueza da Terra na mão dessas pessoas. É o que a gente chama de A Grande Transferência”, relata.
Essa nova mentalidade, na visão do diretor do Pacto Global da ONU, será decisiva na implantação das práticas ESG: a conexão com as necessidades atuais do mundo encaminhará o processo a bom termo.
“Tudo isso faz com que as empresas passem a ser pression
Para ele, caso o indivíduo exercer papel de liderança, então, essa responsabilidade é amplificada por seu poder de comunicar com um número maior de pessoas. “Ele tem um holofote e um megafone na mão para falar com as suas pessoas, todos aqueles que o seguem e o admiram. Além de todos os consumidores que, dependendo da potência que é essa marca, fala para o mundo inteiro. Seja como indivíduo consumidor ou indivíduo cidadão, é papel de cada um e de todos nós termos a consciência do que melhorar para o todo”.
Lucas, que é autor do l
“Todas as decisões de vida, as ações que sejam feitas por um indivíduo, por uma corporação ou uma sociedade como um todo. Levem em conta se isso projeta ou auxilia na felicidade de todos, se isso está embasado em valores, regras, leis e questões éticas. E se isso, de certa forma, vai contribuir para o todo. Tem uma frase que eu gosto: ‘Não tem jeito: o único jeito de dar certo é fazendo o certo’”, frisa.