Entidade pede prioridade na ampliação da malha cicloviária na Baixada Santista

Jessé Teixeira Félix, presidente da Associação Brasileira de Ciclistas, cobra providências

Por: Redação  -  05/12/21  -  12:02
Uma das primeiras ciclovias em atividade na Baixada Santista, a faixa na Avenida Mário Covas, em santos, é exemplo de modelo que atende a diversos segmentos da população: elo com ciclistas que vem de Guarujá
Uma das primeiras ciclovias em atividade na Baixada Santista, a faixa na Avenida Mário Covas, em santos, é exemplo de modelo que atende a diversos segmentos da população: elo com ciclistas que vem de Guarujá   Foto: Arquivo

Falar de bicicletas na Baixada Santista é lembrar de Jessé Teixeira Félix, presidente da Associação Brasileira de Ciclistas. Ele tem uma visão bastante crítica sobre o assunto, e pede que a ampliação da malha cicloviária seja uma prioridade nas políticas públicas de mobilidade.


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"Ter 320 km de faixa exclusivas para bicicletas na Baixada Santista, somando as nove cidades, é uma vergonha. Os usuários da bicicleta tiveram um crescimento assustador pois, com a chegada da pandemia, aumento dos combustíveis e mudanças climáticas, a "magrela" se tornou o maior ator desta mudança de paradigma. Em toda a Região, hoje temos um total de 1 milhão de bicicletas rodando todos os dias", estima.


Segundo ele, as Administrações Municipais, salvo exceções, tiveram atuação ineficiente na adoção de políticas preocupadas com os usuários de bicicletas. "Se desde a inauguração da Agência Metropolitana da Baixada Santista, há 23 anos, a demanda das bicicletas tivesse sido observada, hoje a história seria outra. Já poderíamos ter mais de 1.500 km de ciclovias", argumenta.


Sugestões


Jessé aponta algumas soluções necessárias para a questão ciclovíária na Baixada Santista. Entre elas, estão a criação do cadastro de ciclistas da Baixada Santista pela AGEM, a criação de bicicletários públicos nos terminais de ônibus da Região e a realização de uma pesquisa sobre verbas destinadas do Dade para construção de ciclovias nas nove cidades.


"Também gostaríamos de uma participação mais atuante dos deputados estaduais eleitos pela Baixada Santista, com ações e projetos que que visem colaborar com o sistema cicloviário", pontua.


Cidades citam suas obras e planejam crescimento


As cidades da Região alegam que existe a percepção de que o investimento nas malhas cicloviárias é essencial. Em maior ou menor grau, cada Prefeitura entende que é preciso investir neste modal de transporte de forma efetiva.


“Temos 50 km de extensão de ciclovias. E o município está preparado para receber as bicicletas das cidades vizinhas. Para se ter uma ideia, em termos de números, o volume de bicicletas que chega, tanto na balsa quanto em São Vicente, no horário de pico da manhã, é de 2 mil bicicletas/hora. A região avançou muito, mas há muito o que avançar", explica o presidente da CET-Santos, Antônio Carlos Silva Gonçalves. Na live, ele anunciou planos para novas ciclovias, na Rua Silva Jardim, no sentido da Avenida Afonso Pena, e na Avenida Senador Feijó.


Em São Vicente, a cidade conta com 9,1 quilômetros de ciclovias, sendo 7, 7 na Área Insular e 1,4 na Área Continental. As principais estão nas praias do Itararé e Gonzaguinha, e também junto à linha do VLT até a Ponte dos Barreiros e na Av. Vereadora Angelina Pretti, que liga a Área Continental. A Administração Municipal pretende entregar a ciclovia da Avenida Antônio Emmerich, e recuperar as existentes.


Praia Grande, por sua vez, conta atualmente com 98,9 km de ciclovias e ciclofaixas instaladas, entre elas na Diamantino Cruz Ferreira Mourão; Avenida Dr Roberto de Almeida Vinhas - Solemar/Maracanã), Marginais à Via Expressa Sul, Avenida Presidente Castelo Branco, Presidents Kennedy, Marechal Mallet e Ayrton Senna da Silva". A cada novo projeto urbanístico criado em Praia Grande, a Prefeitura estuda a possibilidade de instalação de novo trecho voltado a esse público. Com isso, a previsão é que nos próximos anos a Cidade ultrapasse pelo menos os 100 km de malha cicloviária", complementa a Administração Municipal.


Guarujá possui 70 km de ciclovias, distribuídas na orla e nas principais avenidas da Cidade. Nos últimos anos, a Prefeitura investiu na implantação da ciclovia na Avenida Marjory Prado e nas ciclofaixas nas praias das Astúrias e Pitangueiras. Foram realizadas também interligações entre as praias do Tombo e Astúrias; e entre Astúrias e Pitangueiras. As equipes também revitalizaram boa parte do cicloviário do Município. A previsão é que Guarujá implante mais 20 km de malha até 2024.


Já Bertioga possui 20,4 Km de ciclovias. Até o fim de 2024 serão construídas cerca de 3,041 km de ciclovias e ciclofaixas ao longo da cidade, segundo a Secretaria de Obras. Em Mongaguá, a cidade conta com 22,1 km de ciclovia. A previsão é de que a malha cicloviária da cidade seja ampliada, contemplando trechos na Avenida Nossa Senhora de Fátima, entre a Rua Santos e a Rua Vera Cruz; e Avenida Governador Mário Covas Jr., entre o Parque Ecológico e a divisa com Itanhaém.


Em Itanhaém, são 9,86 km de ciclovias, espalhadas entre a Estrada Coronel Joaquim Branco, Beira Mar (Centro, Cibratel e Gaivota), Jaime de Castro, Centro/Belas Artes e Praia do Sonho. Cubatão, por sua vez, possui 15 km de ciclovia operando e mais 20 km projetados para 2022. Por fim, Peruíbe conta com 13,54km de ciclovias e 7,65 km em ciclofaixas.com planos de mais 10,1km e 1,7 km, respectivamente.


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