Tribuna do leitor - 17 de janeiro de 2022

Educação

Em estudo de inteligência próprio, a conclusão a que cheguei foi: a escola para todos é uma coisa recente, do século passado pra cá. Países de primeiro mundo, na maioria deles, conseguiram essa condição, em tempos onde a escola era para poucos. Sendo assim, não foi a educação escolar que lhes proporcionou a condição e, sim, a educação política, de modo que, através dela, eles sentiram a necessidade da educação escolar. Bertolt Brecht, há mais de cem anos, disse que o analfabetismo político é o pior dos analfabetismos. Se fôssemos alfabetizados politicamente, sabendo votar principalmente no Legislativo, iríamos poder exigir mais de nossos políticos, inclusive na educação escolar. A educação política numa grade escolar seria matéria para apenas um ano, na oitava ou nona série, quando o aluno chega à idade de votar. Ele iria aprender, por exemplo, que no Legislativo temos que votar em partidos, que são os responsáveis pelos deputados federais, estaduais e vereadores eleitos, já que não podemos cobrar deles individualmente, pelo grande número que são. Só partidos fortes, com voz no plenário da Câmara, conseguirão atender os nossos anseios. Cesar Maluf - Santos.

Silêncio dos bons

Triste ver nas manchetes dos jornais, mais uma vez, a população da cidade mais antiga do Brasil sendo humilhada nos pontos de ônibus, muito triste ver o povo de São Vicente sendo outra vez tratado com desrespeito, e sabemos que isso é usual há décadas. Estamos iniciando um ciclo, estamos no começo de um ano novo do século 21, estamos no terceiro milênio e continuamos a assistir, só assistir, à humilhação que os pobres e miseráveis da região metropolitana da Baixada Santista sofrem, e continuamos como cidadãos indignados, só indignados, com as autoridades dos três poderes, que sabem categoricamente o quanto se faz urgente um novo pacto federativo. Os brasileiros não suportam mais municípios deficitários, cidades sem condições de ofertar o mínimo do serviço público ao seu cidadão, cidades que só existem para locupletar os dirigentes que alimentam partidos políticos e que retroalimentam a crescente miséria generalizada, triste também é constatar o silêncio dos bons. Nívio Corrêa Barbosa - Santos.

A melhor lei

Nunca pensei que algum dia eu fosse ver a marginalidade comandando quase de igual para igual com a polícia. Em Guarujá e no distrito de Vicente de Carvalho, tem-se a impressão de que o crime organizado está no comando, impondo as suas leis, que nos parece mais respeitada do que as leis impostas pelo Poder Público. Vejamos: os bairros viviam com o constante barulho ensurdecedor dos motoqueiros, empinando suas motos, com os escapamentos abertos, colocando em risco as vidas das pessoas. Bastou o poder paralelo colocar faixas ameaçando quem fizesse isso que houve uma melhora de uns 80%. Será que as leis paralelas têm efeito? Porque, se algum deles por acaso for preso, o advogado já está de plantão na porta da delegacia, para soltá-lo. Acho que por esse motivo a bandidagem não se intimida com as leis do Poder Público. Josemilton de S. e Silva - Vicente de Carvalho.

Defesa da vida

Louvamos as autoridades suspendendo todos os cruzeiros marítimos e desfiles de Carnaval, eventos, shows e demais atividades presenciais, mantendo tudo a distância neste ano, devido à pandemia de covid-19 e ao surto de gripe, esperando que, para o próximo ano, tudo volte ao normal. É muito importante neste ano termos essas suspensões e também a continuidade das aulas e das reuniões a distância, de modo a garantir a defesa da vida para todos. GRUPO DE PROTEÇÃO DA FAMíLIA E DA CIDADANIA.

Artigo de domingo

E lendo o jornal já na madrugada deste domingo que passou, me deparo com texto de Adeilson Sales. Uma lufada de frescor com aroma de história e literatura que toca a alma. Que leveza poder começar um dia assim, em tempos tão difíceis a muitos. Obrigado A Tribuna, obrigado Adeilson. Renato Caetano de Jesus - Santos.