Olhar humanizado na educação

Cristina Barletta. Secretária de Educação de Santos

Por: Cristina Barletta  -  23/07/23  -  06:27
  Foto: Carlos Nogueira/Divulgação Prefeitura de Santos

Um novo semestre letivo se inicia e, com ele, um conjunto de expectativas, projetos, sonhos e de muita reflexão sobre o papel da escola na formação humana. Ao longo da história, a humanidade buscou na educação respostas e promessas para a construção de um mundo melhor para se viver. Essa perspectiva faz todo sentido quando entendemos que educar é um ato generoso de amor que desperta o humano que existe em cada ser. E, desse despertar do potencial humano, passamos a pertencer.


O sentimento de pertencimento, apesar de ser elemento fundamental para o exercício da cidadania, não bastaria para a formação de um cidadão crítico e reflexivo. Para que possamos intervir no mundo que encontramos pronto ao nascer, necessitamos do conhecimento da língua, da arte, da história, das ciências, dos valores e de motivação e engajamento para mobilizar as habilidades desenvolvidas com o propósito de alcançar os desejos, os projetos de vida e os ideais de um mundo melhor. Para Platão, tudo aquilo que está no mundo das ideias pode vir a se tornar real, é preciso acreditar.


Apesar das perspectivas nacionais anunciadas que estimam, em média, dez anos para recompor as aprendizagens, como resultado dos dois anos de afastamento, o monitoramento do Plano de Recomposição das Aprendizagens, política adotada pela Secretaria de Educação de Santos, aponta para dados mais otimistas. Creditamos esse otimismo, sobretudo, ao empenho e à dedicação dos professores, ao apoio das famílias e ao envolvimento dos alunos.


O monitoramento de todo processo, que é continuamente acompanhado pelos técnicos da Seduc, pelas equipes gestoras e pela supervisão de ensino, nos faz acreditar que estamos avançando no processo de aprendizagem com relação aos resultados esperados referente às expectativas de aprendizagem dos alunos. Acreditamos na escola e naqueles que estudam e trabalham tornando esse espaço propício à participação, à construção do conhecimento, à formação do aluno integral, íntegro e integrado, ao despertar do sentimento de pertencimento e valorização para o pleno exercício da cidadania.


Certamente, esse conjunto de responsabilidades não compete somente à escola. Para além da família, que tem um papel fundamental, estendemos essa responsabilidade a toda sociedade para que esteja atenta às carências de todas as ordens sociais e ao importante papel que desempenha em prol da educação de crianças, adolescentes e jovens. O ideal de ser humano que desejamos formar depende dos modelos encontrados no mundo adulto, pois educamos pelo exemplo de conduta e somos atentamente observados pelos olhares daqueles que nos têm como referência. Sejamos, portanto, inspiração e sonhemos juntos uma escola de valor, capaz de significar a vida, as relações interpessoais e de fomentar projetos de vida.


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