A pedido de Fernando Diniz, o Santos negocia a vinda do volante Camacho. O Corinthians, assim que consultado, não colocou obstáculos para a saída do jogador de 31 anos. O que dá indício de um negócio que, embora barato, não parece ser bom.
O Santos precisa de reforços, principalmente no meio de campo. Ao mesmo tempo, não há dinheiro para a contratação de grandes nomes. Ainda assim, não seria possível vasculhar o mercado em busca de opção melhor?
Camacho não é um perna de pau, mas também não justifica o investimento, ainda que pequeno. Revelado pelo Flamengo em 2008, ele nunca se firmou em lugar nenhum. E o fato de ter trabalhado com Diniz no Guaratinguetá, Audax e Athletico-PR pode revelar a confiança do treinador no atleta, mas nada além disso.
A hipótese de Camacho apresentar um bom futebol não está descartada. Até porque o nível do Campeonato Brasileiro nos últimos anos facilita a missão. Contudo, no campo das hipóteses, seria melhor apostar em alguém cujo rendimento ainda é uma incógnita, como o zagueiro Danilo Boza, do que em um jogador que nunca teve grandes momentos.
A possível chegada do volante ex-Corinthians lembra as contratações abortadas em cima da hora de Elias e Zé Welison, no ano passado. Em um breve intervalo entre uma punição e outra da Fifa, e na transição das gestões José Carlos Peres e Orlando Rollo, os meio-campistas que estavam acertados acabaram não vindo. O tempo, a ascensão de Sandry e o mau futebol dos pretendidos no Bahia (Elias) e no Botafogo (Zé Welison) se encarregaram de mostrar que o Santos ficou melhor sem eles.
Fernando Diniz chegou há pouco tempo e tem o direito de indicar jogadores. Com a grana curta, ele sabe que não adianta sonhar alto. Além disso, não é todo dia que a base vai fornecer jogadores que entrem e logo deem conta do recado. Ainda assim, não é o caso de trazer Camacho. Nem Paulo Henrique Ganso, outro meio-campista que tem a admiração do treinador, mas que não inspira a menor confiança.O Santos não precisa de Camacho