Diniz não é o grande culpado

Nenhum treinador seria capaz de tirar muito mais do atual elenco do Santos

Por: Heitor Ornelas  -  09/08/21  -  15:20
 O negócio é tocar em frente e esperar por melhores resultados nas copas
O negócio é tocar em frente e esperar por melhores resultados nas copas   Foto: Ivan Storti/Santos FC

O Santos empatou com o Corinthians jogando mal. Se tivesse de haver um vencedor, seriam os visitantes, que criaram mais oportunidades e só não marcaram porque concluíram mal ou João Paulo fez grade defesa. Culpa de Fernando Diniz, como boa parte da torcida pensa? Não creio.


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O treinador do Santos está longe de ser uma unanimidade. Ainda tem conceitos e ideias que podem ser aperfeiçoados, porém, com o atual elenco, é difícil fazer muito mais. Sem Luan Peres e Kaio Jorge, que foram embora, e contra o Corinthians sem Marinho, que estava machucado, o time perde muito de sua força.


O torcedor e muitos analistas tendem a achar que quem está no banco seria uma opção melhor, mas entre Marcos Leonardo e Raniel, por exemplo, é duro apontar o melhor. Um é muito jovem, o outro não engrena e vem de um longo período de inatividade.


Em que pese o futebol ruim do Santos nas últimas partidas, Fernando Diniz já tem algumas realizações em matéria de elenco: recuperou Jean Mota e Luiz Felipe e, ainda que com atraso, tirou Pará do time. O melhor, contudo, é a própria evolução do treinador, que abandonou as saídas kamikazes entre goleiro e defensores e adotou um estilo mais viável. Pelo visto, a passagem pelo São Paulo ensinou alguma coisa a ele.


Diniz tem a obrigação de continuar buscando soluções no elenco, ainda que as opções para uma grande transformação sejam poucas. Se vai encontrar, só o tempo vai dizer. Mas, desde já, fica a pergunta: qual outro treinador, com as mesmas condições de trabalho, faria diferente? Talvez, o primeiro nome que venha à mente seja o do argentino Juan Pablo Vojvoda, que faz um ótimo trabalho no Fortaleza. Pode ser, até porque o elenco do time cearense não é de primeira linha. Só que o Santos já tentou soluções internacionais que não vingaram, como Jesualdo Ferreira e Ariel Holan. E boa fase à parte, Vojvoda ainda tem muito a provar.


O negócio é tocar em frente e esperar por melhores resultados nas copas. O Santos está nas quartas de final tanto da Copa do Brasil como da Sul-Americana, e um caminho mais curto conta muito para sonhar com títulos.


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