Com Messi e elenco estrelar, Champions é questão de tempo ao PSG

Poucas vezes um clube foi tão certeiro em contratações de pré-temporada como o Paris Saint-Germain nas últimas semanas

Por: Bruno Rios  -  13/08/21  -  07:33
 Que time no mundo consegue encarar o quinteto Di María, Neymar, Messi, Mbappé e Marquinhos?
Que time no mundo consegue encarar o quinteto Di María, Neymar, Messi, Mbappé e Marquinhos?   Foto: Divulgação/PSG

A contratação de Messi pelo Paris Saint-Germain é o ápice de um dos mais eficientes trabalhos feitos por um clube europeu, nos últimos anos, numa pré-temporada. Tornar o elenco mais forte era a principal meta do time para seguir como candidato ao inédito título da Liga dos Campeões da Europa e recuperar a hegemonia doméstica, abalada após a perda do último Campeonato Francês para o Lille. Só que os dirigentes foram além e agregaram à equipe nomes que qualquer outro rival gostaria de contratar.


Não há como negar: se o título da Champions não vier, será inevitável o gosto do fracasso aos franceses. Só que, sinceramente, é difícil acreditar que isso ocorra. A expectativa já era elevada antes da chegada do craque argentino. A começar pelo gol, com a contratação do goleiro Donnarumma, de 22 anos, que venceu a Eurocopa pela Itália e demonstra a segurança de um veterano, apesar da idade que possui - ele foi titular do Milan pela 1ª vez com 16 anos e aos 17 já estava na seleção nacional.


Quer mais? O excelente goleiro costarriquenho Navas segue firme e forte no clube, pronto para disputar a titularidade com o novo companheiro. Ainda na defesa, outros nomes somam para mudar o PSG de patamar. Um deles é o lateral-direito marroquino Hakimi, que comeu a bola na Inter de Milão na campanha que resultou na conquista do último Campeonato Italiano e desembarcou na França pronto para tomar conta da posição.


Complementando o sistema defensivo, a mesma fórmula que agora garantiu a contratação de Messi (sem pagamento de multa depois do fim de contrato com o clube anterior) foi utilizada, semanas atrás, para agregar outro peso-pesado ao elenco: o espanhol Sérgio Ramos, tetracampeão da Champions pelo Real Madrid e que tem tudo para formar a melhor dupla de zaga do planeta com o ótimo defensor brasileiro Marquinhos.


Como se não bastasse, no meio de campo, o holandês Wijnaldum deixou o Liverpool e fez as malas rumo à capital francesa. Chega para ser titular e deixar outras duas vagas livres para uma disputa insana entre os argentinos Paredes e Di María e o italiano Verratti, além de ótimos coadjuvantes ao redor, como Draxler, Rafinha, Herrera e Gueye.


O ataque, por fim, é de uma covardia sem tamanho. Neymar e Mbappé já formavam uma dupla difícil de ser parada e que só não levou o PSG a voos mais altos devido aos contratempos fora das quatro linhas, como as seguidas lesões que tiraram de combate o brasileiro e o francês nas últimas temporadas. Contudo, com Messi - seis vezes eleito o melhor jogador do planeta- se juntando a eles, é impossível não ficar empolgado.


Muitas vezes comentei aqui que não gostaria de estar na pele de determinado técnico, devido a desafios que teria dificuldade para solucionar. Mas, ao ver esse elenco estrelar, admito que queria ser o argentino Mauricio Pochettino por pelo menos um dia. Hoje, o PSG mais parece uma seleção de videogame e já é candidato a empilhar apresentações de gala. Haverá pressão pela Champions, claro, mas o Paris Saint-Germain está tão forte que essa conquista parece ser uma simples questão de tempo.


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