Como se vê, o time do Corinthians para o ano que vem promete. Ainda mais sob o comando de Fábio Carille, que volta não só com o status, mas também com a capacidade de salvador. Mesmo da Arábia Saudita, ele mostrou que tem faro mais apurado para indicar jogadores do que treinadores e dirigentes que estavam no Brasil o tempo todo.
Com Sornoza – que ainda não foi confirmado, mas está próximo – e Ramiro, Jadson passa a ter com quem dialogar no meio de campo. A saída pela esquerda também vai melhorar muito se Uendel, na reserva do Internacional, retornar. Falta um grande atacante para empurrar a bola para o gol, como Jô ou mesmo Rodriguinho em seus momentos mais artilheiros.
Os fãs de futebol, incluindo os corintianos, sabem que não devem esperar um jogo vistoso e arrojado de uma equipe treinada por Carille, que tem como referências Mano Menezes e Tite. Contudo, a organização e o equilíbrio são possibilidades mais do que viáveis. E isso não é pouca coisa.
Com o time montado, o Corinthians vai precisar identificar seu caminho em 2019. O time pode ser bom, mas o elenco certamente deixará brechas, pois não há dinheiro para tantas contratações. Sendo assim, o Paulista e a Copa do Brasil são as opções mais interessantes. Ganhar o Brasileiro, uma competição que premia a regularidade, será mais difícil.
“Mas o Corinthians foi campeão nacional contando apenas com o time titular em 2017”, o torcedor pode argumentar. É verdade, aquele time, que não tinha grandes opções na reserva, chegou lá. Contudo, penso que dessa vez será diferente, principalmente porque há rivais importantes que melhoraram, como Internacional e Flamengo. Sem falar no Palmeiras, que reforça o elenco a todo instante.
Além disso, existe a dificuldade natural de repetir uma campanha quase perfeita, cujo aproveitamento no primeiro turno compensou o pífio desempenho no segundo.
O tempo dirá o que será do Corinthians em 2019. Mas a largada é promissora. Resta saber se a diretoria vai conseguir blindar o time das disputas políticas e da crise financeira.