Lama, pedra e areia: nada segura o Jeep Renegade Trailhawk 4x4

Quando foi lançado, em 2014, o carro foi muito criticado

Por: Reginaldo Pupo  -  30/11/21  -  06:53
Renegade Trailhawk
Renegade Trailhawk   Foto: Reginaldo Pupo

Um carro que eu certamente colocaria na minha garagem, sem sombra de dúvidas, é o Jeep Renegade Trailhawk. Quando foi lançado, em 2014, o carro foi muito criticado. Diziam que ele era um SUV de shopping e que mal subia rampa de farmácia. As críticas partiam de pessoas que “ouviam dizer” sobre as supostas deficiências do carro, sem, no entanto, testá-lo.


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Digo supostas deficiências pois eu nunca havia dirigido um Renegade daquela época para fazer tal afirmação. Se ele era um carro deficitário no passado, não sei se é verdade. O que sei é que, se isso realmente existiu, a Jeep com certeza fez os ajustes necessários. Pois o novo Renegade me surpreendeu!


Esta coluna testou a versão Trailhawk 2.0 turbodiesel AT9 4x4. E impressionou por vários motivos. Apesar de suas pequenas dimensões (4,2 metros de comprimento por 1,8 metro de largura), se transforma em um verdadeiro gigante diante dos obstáculos.


Ele rompe, com muita facilidade, lama, areia e pedriscos, tipos de terrenos que testei o carro. Inclusive no painel existe um comando no qual você pode escolher o tipo de terreno a ser percorrido. Ou simplesmente deixar no modo automático que o carro fará a escolha sozinho, conforme o terreno. Dá até para trafegar na neve. Embora não haja neve no Brasil (com raras exceções no sul do país), esse mecanismo pode ser usado para pista molhada.


A suspensão independente e a tração nas quatro rodas tornam as tarefas bem mais fáceis. As rodas traseiras somente são acionadas, automaticamente, quando realmente há necessidade. Isso resulta na economia de combustível.


O “jipinho”, como é carinhosamente chamado pelos apaixonados pelo SUV, tem motor de 170 cv a 3.750 rpm e câmbio automático que simula nove marchas. Com seus 1.674 kg de peso, faz de 0km/h a 100km/h em 9,9 segundos.


E também o achei muito econômico. A Jeep diz que ele faz 9,6km com um litro na cidade e 11,4km por litro na estrada. Consegui fazer um pouco mais: 13,1km por litro na estrada, levando em consideração seu peso e o desenho aerodinâmico desfavorável. Claro, isso depende, também, da forma de condução de cada proprietário.


De 2014 para cá, o design dele não mudou quase nada. As maiores mudanças ficaram para o seu interior, com acabamento de primeira qualidade. Não que antes não fosse. Ele continua no seu formato quadrado tradicional e conservador. Só é possível saber se o Renegade é mais moderno quando são acionadas as lanternas ou faróis, pois são full led.


Luxo e conforto
Por dentro, o Renegade é puro conforto! E pode-se dizer que ele também é luxuoso, pois traz itens que carros bem mais caros não trazem, como o ar condicionado dual zone e teto solar panorâmico. Os bancos em couro são bem confortáveis, tanto para o motorista, quanto para os passageiros.


E olha só quantas amenidades: botão de partida (chave presencial), tela multimidia de 8,4” rápida e intuitiva com Apple CarPlay e Android Auto, câmera de ré de alta definição, freio de estacionamento elétrico, sensor de chuva, sensor de estacionamento, controle de tração e estabilidade e assistente de rampa.


A posição de dirigir também é excelente. Para ajudar, o volante tem regulagem de altura e profundidade e os comandos estão em locais de fácil acesso.


Pelo jeito, os problemas que o Renegade possa ter apresentado no passado foram resolvidos e agradaram aos clientes, pois o SUV compacto, primeiro modelo da Jeep a ser produzido no Polo Automotivo Stellantis em Goiana (PE), inaugurado em 2015, alcançou neste mês de novembro 450 mil unidades produzidas.


O modelo de sucesso do mercado é ainda o Jeep mais vendido de 2021 no Brasil, com mais de 67 mil unidades emplacadas até o momento e ocupa a quarta posição entre os veículos mais vendidos no país. Além de toda a comercialização no território nacional, o Jeep Renegade é exportado para outros 12 países da América Latina, como Argentina, Uruguai e Chile.


No Brasil, o modelo atualmente conta com as seguintes versões: STD AT 1.8 Flex; Sport AT 1.8 Flex; Longitude AT 1.8 Flex; Limited AT 1.8 Flex; Moab AT 2.0 Diesel 4x4; Longitude AT 2.0 Diesel 4x4; Trailhawk AT 2.0 Diesel 4x4. A versão avaliada pela coluna, o Trailhawk, a mais cara, sai a partir de R$ 160 mil.


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