Dois pesos e nenhuma medida
Parte inconsequente da população brasileira decidiu sair às ruas - pasmem – para pedir vacinas
Diante da acusação de que houve negligência do Governo Federal no combate com a COVID-19, parte inconsequente da população brasileira decidiu sair às ruas - pasmem – para pedir vacinas, numa atitude irresponsável, egoísta e totalmente insensata.
Vivemos a maior crise sanitária da história e, ainda que pouco saibamos sobre o Coronavírus, temos a certeza de que, sendo uma doença viral, o distanciamento é o primeiro e talvez o maior cuidado que devemos ter para evitarmos a transmissão da doença.
Cegos pelo idealismo e entorpecidos por grupos políticos que pouco se importam com a razão, muitos sofrerão nos próximos dias as consequências desse encontro aglomerado e insano. Alguns, de forma ainda mais dramática, verão seus pais, parentes e amigos sofrendo ou até morrendo por causa dessa descabida atitude.
Até poucas semanas, ou dias, esses mesmos personagens berravam contra a volta do funcionamento do comércio, numa clara demonstração de que o objetivo jamais foi evitar o contagio, mas brecar a economia e causar desconforto àqueles que querer ver o País e a cidade andando.
Agora, com a Copa América batendo à porta, decidem tratar a realização do evento aqui no Brasil como uma afronta ao momento de crise de saúde, ainda que existam totais garantias sobre os cuidados com distanciamento e higiene sanitária, inclusive com a proibição de público nos estádios. Até quando vamos permitir que se use a doença ou a cura como palanque eleitoral? Até quando vamos aceitar que se coloque o interesse político à frente das vidas?
Reitero meu total repúdio a qualquer ação que coloque a vontade política à frente da busca pela cura e por resultados que possam aliviar esse momento tão dramático para o povo brasileiro. O Brasil precisa que pensemos em como resolver o problema e não em como criar confusão.
