Vamos, de fato, proteger as mulheres?

A forte presença feminina em casa foi importante na minha educação

Por: Paulo Alexandre Barbosa  -  18/06/22  -  07:27
Atualizado em 18/06/22 - 09:45
  Foto: Imagem Ilustrativa/Unsplash

Nasci em uma família repleta de mulheres incríveis. A forte presença feminina em casa foi importante na minha educação. Como filho, irmão, esposo e pai da Gabi, sei que a igualdade dos gêneros começa pelo respeito, no sentido mais amplo da palavra.


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Respeitar é conhecer os próprios limites e o espaço e de outra pessoa. Quando se ultrapassa essa barreira, quase sempre acontecem abusos e violência, no qual as mulheres são as principais vítimas. Assédio sexual, estupros, agressões, violência doméstica e feminicídio são cada vez mais frequentes.


Para proteger mulheres ameaçadas por ex-companheiros, criei em agosto de 2019, como prefeito de Santos, o programa Guardiã Maria da Penha. A iniciativa já beneficiou mais de 300 mulheres com o monitoramento realizado pela Guarda Civil Municipal. A ação conta com equipe preparada para o atendimento humanizado e orientação sobre os serviços disponíveis na área de Cidadania, Desenvolvimento Social, Saúde, entre outras.


Muitas vezes, as mulheres são desencorajadas a fazer a denúncia. Fragilizadas pela violência e por agentes públicos despreparados, deixam de registrar as ocorrências contra os seus algozes. Há, porém, exceções. Tenho orgulho de colocar Santos entre as cidades pioneiras no Estado de São Paulo (a primeira na Baixada) a contar com a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).


A unidade santista funciona 24 horas por dia, de segunda a segunda, inclusive aos finais de semana e feriados. Para isso, tem a parceria da Prefeitura, que cede assistentes sociais e psicólogas no apoio dos atendimentos às ocorrências e garante a presença de guardas municipais nos plantões. A proteção é total.


O acolhimento deve ir além do registro na delegacia de policia. Em Santos, criamos a Casa das Anas. Um abrigo que recebe mulheres em vulnerabilidade com ou sem filhos, muitas vezes com histórico de violência e abusos. Mais que uma moradia, o equipamento capacita e auxilia na geração de emprego e renda, como o incentivo à inclusão profissional e economia criativa. Pela independência financeira, elas conseguem se ‘libertar’ dos agressores.


Outras ações foram implementadas para ampliar a segurança das mulheres. Entre os exemplos, permitir o desembarque das passageiras, no período noturno, fora dos pontos de parada dos ônibus, além da oferta de curso de defesa pessoal. São medidas que têm ajudado na segurança e empoderamento de muitas santistas.


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