Caminhos da mobilidade na Baixada Santista

Muitas pessoas precisam se deslocar em suas atividades profissionais e pessoais

Por: Paulo Alexandre Barbosa  -  21/05/22  -  06:56
Atualizado em 21/05/22 - 09:19
  Foto: Matheus Tagé/AT

O conceito de mobilidade é “a capacidade e a facilidade de se locomover” e o de mobilidade urbana, de acordo com a Política Nacional (PNMU), a “condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano”.


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De forma prática, quando ouvimos estas palavras, associamos ao deslocamento rápido (ou o desejo dele), principalmente, nos trajetos casa-trabalho e trabalho-casa.


Na Baixada Santista, sabemos que muitas pessoas moram numa cidade e trabalham/estudam noutra; têm amigos e familiares nos municípios vizinhos e precisam se deslocar entre eles nas suas atividades profissionais e pessoais.


Santos concentra 50% dos empregos formais da região e abriga muitos serviços de saúde e instituições de ensino, além de receber milhares de turistas no verão, finais de semana e feriados, o que também ocorre em Guarujá, Bertioga, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.


Já Cubatão, possui um pólo industrial, outro grande gerador de postos de trabalho, e o Centro de São Vicente e o Distrito de Vicente de Carvalho contam com pujantes comércios populares. Enfim, características que geram deslocamentos pendulares, de um lado a outro no território, similares ao pêndulo de um antigo relógio.


Por isso, é necessário que o poder público incentive a geração de empregos nas regiões periféricas, ajudando a reduzir este tipo de movimentação e deixando os trabalhadores mais perto de suas famílias.


Outros caminhos para superar o fluxo constante e a grande concentração de veículos pelas ruas e avenidas são de amplo conhecimento: incentivo e melhora do transporte coletivo, estímulo ao uso da bicicleta e outros meios não poluentes e investimento em infraestrutura.


Em busca disto, a região e o governo estadual apostaram no Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), modal movido a eletricidade, silencioso e que não polui. Após muitos debates, ele saiu do papel em 2017 com a primeira etapa de 11,5 km integrando Santos e São Vicente.


Agora, está em andamento o segundo trecho, que vai interligar a Conselheiro Nébias até o Valongo e revitalizar áreas degradadas da Região Central de Santos. E, em 2023, começa a terceira fase de obras para ligar as áreas Insular e Continental de São Vicente.


Na última semana, o governador Rodrigo Garcia anunciou que a EMTU foi autorizada a contratar o projeto executivo da expansão deste modal até Praia Grande. Uma excelente medida que deve avançar para melhorar a mobilidade do cidadão metropolitano. Futuramente, também é preciso que o VLT chegue a Guarujá, por meio do prometido túnel submerso.


Outra importante notícia, veiculada em A Tribuna, é que as cidades estão trabalhando para ampliar a malha cicloviária. Em Santos, desde 2013 as pistas aumentaram em mais de 80%, e a meta é passar dos 57,4 km para mais de 100 km.


Na área de infraestrutura, a Cidade realizou a maior obra viária da sua história com a Nova Entrada de Santos, construindo pontes, viadutos, corredores de ônibus e outras intervenções, que ajudam milhares de pessoas a irem e voltarem mais rápido do trabalho e das demais atividades, resultando em maior qualidade de vida.


As obras de R$1 bilhão, numa parceria entre a Prefeitura e o Estado, aguardam investimentos complementares da União para novos acessos ao Porto de Santos, que vão contribuir para a fluidez das cargas e a mobilidade das pessoas.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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