Mais uma temporada recorde de cruzeiros marítimos nos espera

Expectativa é de oferta de 840 mil leitos, crescimento de 7% em relação a 2022/2023

Por: Marco Ferraz  -  12/07/23  -  06:40
Expectativa é de oferta de 840 mil leitos, crescimento de 7% em relação a 2022/2023
Expectativa é de oferta de 840 mil leitos, crescimento de 7% em relação a 2022/2023   Foto: Max

Com 195 dias de duração e quase sete meses de navegação, a temporada de cruzeiros 2023/2024 será ainda maior que sua antecessora, com a expectativa de ofertar mais de 840 mil leitos, um crescimento de 7% em relação a 2022/2023. A cidade de Santos, que abriga o principal porto brasileiro e maior da América Latina, mostra seu protagonismo com quase 584 mil leitos ofertados, além de receber 141 escalas de seis navios.


Levando em conta que a média de impacto econômico gerado por cruzeirista nas cidades de embarque e desembarque, como Santos, é de R$ 770,97, conseguimos visualizar a importância da indústria de cruzeiros para a cidade e vice-versa.


Levando o olhar para o nível nacional, de 25 de outubro a 7 de maio, Costa Diadema, Costa Fascinosa, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Grandiosa, MSC Lirica, MSC Musica, MSC Preziosa e MSC Seaview formam o grupo de nove navios que partirão dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santos e o estreante Porto de Paranaguá (PR), percorrendo 203 roteiros (crescimento de 10%), com 728 escalas (5% de aumento).


No total, serão 19 destinos: Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Porto Belo, Recife, incluindo Buenos Aires, Montevidéu, Punta del Este e os portos de embarque e desembarque, além da possibilidade de escalas-teste em Penha e em São Francisco do Sul, e do trabalho um pouco mais de longo prazo para viabilizar outras cidades, como Vitória (ES).


Com isso, o setor tem a expectativa de criar 48 mil empregos no País de forma direta, indireta e induzida, além de gerar um impacto de R$ 3,9 bilhões na economia nacional, motivado pelos gastos das companhias marítimas, dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades de embarque/desembarque e visitadas. Isso beneficia setores como o comércio varejista - despesa com restaurantes, compras, presentes, alimentos e bebidas, além do transporte antes e após a viagem, passeios turísticos, transporte nas cidades visitadas e hospedagem antes ou após o cruzeiro.


A temporada 2023/2024 também reforça o retorno do Brasil como rota de importantes companhias marítimas internacionais, com 35 navios de longo curso, que farão paradas em 45 destinos localizados em 15 estados brasileiros, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Rio Grande do Sul, com grandes expectativas de geração de impacto econômico para a economia nacional.


Depois de 2022/2023 se consolidar como a maior dos últimos 10 anos, a temporada 2023/2024 com certeza será outro recorde, que irá manter a indústria de cruzeiros em um caminho ascendente, até superarmos os 805 mil cruzeiristas de 2011/2012.


São mais leitos ofertados, mais destinos, mais tempo de navegação e ampliação de escalas e roteiros. Temos nos reunido com todos os destinos que recebem os navios para avaliar o trabalho feito e o que pode ser ainda melhor para a temporada que vai começar em outubro. Quando a indústria de cruzeiros cresce, impacta positivamente a economia do País, de toda comunidade envolvida na atividade e toda cadeia de turismo, como agências de viagens, operadoras de turismo, hotéis, gastronomia, entre outras coisas.


Marco Ferraz é presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil)


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