Sexo é saúde

A nossa sociedade não reconhece a sexualidade como parte de uma experiência de ascensão, crescimento e evolução

Por: Marcia Atik  -  26/03/21  -  13:00
Há mitos e tabus de que o desejo e a capacidade sexual acabam com a idade
Há mitos e tabus de que o desejo e a capacidade sexual acabam com a idade   Foto: Pixabay

Uma das discussões que mais rendem debate sobre sexo é a diferença entre homens e mulheres. Dizem que para eles é só ver uma mulher 'gostosa' que o apetite aparece e para elas o romantismo, o amor é o que dá o “start’. Tudo isso apoiado num mito, pois não há nada no morganismo dos homens que justifique um maior desejo sexual do que dá mulher. Ambos são pessoas igualmente desejosas.


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Mas, na prática, não é assim que acontece, as coisas são bem diferentes, pois a mulher cresce ouvindo coisas tipo 'homem precisa de sexo, mulher não' e pode acabar acreditando e adormecendo ou matando o desejo.


Outro aspecto recheado de mitos e também de tabus é que o desejo e a capacidade sexual acabam com a idade. Isso ocorre porque a nossa cultura erroneamente valoriza o sexo como algo próprio da juventude. O termo terceira idade tem embutida a idéia de que a primeira idade é o tempo de brincar, estudar; a segunda seria o tempo de construir a família, produzir, e a terceira seria o tempo de usufruir, colher os frutos já plantados seria o ideal se esses conceitos tivessem um movimento natural, mas a própria dinâmica social e os referenciais ideológicos da terceira idade merecem uma revisão.


Com crianças e jovens fala-se de educação sexual, gravidez, camisinha, com o velho de doenças, heranças e planos de saúde. A não sexualidade do idoso(a) é uma construção social pois no que diz respeito ao corpo já aceitamos a possibilidade de não deixar a máquina envelhecer: pílulas para todos os fins, para a memória, para o sono, para a força , ostras, ovos, amendoim, vitaminas... a química resolvendo tudo, mas não compreendendo nada.


Isso tudo é muito lógico, fica claro mas esbarramos num aspecto quase incontornável, a nossa sociedade não reconhece a sexualidade como parte de uma experiência de ascensão, crescimento e evolução. Só ha um caminho de cura, através da informação adequada e sem preconceitos.


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