Uma das discussões que mais rendem debate sobre sexo é a diferença entre homens e mulheres. Dizem que para eles é só ver uma mulher 'gostosa' que o apetite aparece e para elas o romantismo, o amor é o que dá o “start’. Tudo isso apoiado num mito, pois não há nada no morganismo dos homens que justifique um maior desejo sexual do que dá mulher. Ambos são pessoas igualmente desejosas.
Mas, na prática, não é assim que acontece, as coisas são bem diferentes, pois a mulher cresce ouvindo coisas tipo 'homem precisa de sexo, mulher não' e pode acabar acreditando e adormecendo ou matando o desejo.
Outro aspecto recheado de mitos e também de tabus é que o desejo e a capacidade sexual acabam com a idade. Isso ocorre porque a nossa cultura erroneamente valoriza o sexo como algo próprio da juventude. O termo terceira idade tem embutida a idéia de que a primeira idade é o tempo de brincar, estudar; a segunda seria o tempo de construir a família, produzir, e a terceira seria o tempo de usufruir, colher os frutos já plantados seria o ideal se esses conceitos tivessem um movimento natural, mas a própria dinâmica social e os referenciais ideológicos da terceira idade merecem uma revisão.
Com crianças e jovens fala-se de educação sexual, gravidez, camisinha, com o velho de doenças, heranças e planos de saúde. A não sexualidade do idoso(a) é uma construção social pois no que diz respeito ao corpo já aceitamos a possibilidade de não deixar a máquina envelhecer: pílulas para todos os fins, para a memória, para o sono, para a força , ostras, ovos, amendoim, vitaminas... a química resolvendo tudo, mas não compreendendo nada.
Isso tudo é muito lógico, fica claro mas esbarramos num aspecto quase incontornável, a nossa sociedade não reconhece a sexualidade como parte de uma experiência de ascensão, crescimento e evolução. Só ha um caminho de cura, através da informação adequada e sem preconceitos.