O melhor amigo do homem

Pesquisa revelou que 18% dos brasileiros e no mundo preferem a companhia do seu pet do que de um namorado ou namorada

Por: Marcia Atik  -  09/07/21  -  14:31
 Sabemos que a companhia dos pets traz grandes benefícios para a saúde e para o estado emocional do ser humano.
Sabemos que a companhia dos pets traz grandes benefícios para a saúde e para o estado emocional do ser humano.   Foto: Unsplash

Será que o afago de um bicho de estimação, um abanar de rabo do cachorro podem substituir o afeto que recebemos no relacionamento com o ser humano?


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Essa pergunta foi parte de uma pesquisa que revelou que 18% dos brasileiros e no mundo um em cada cinco pessoas preferem a companhia do seu pet do que de um namorado ou namorada.


Me interessei por esse texto pois na minha juventude ao vermos alguém com seu cachorro pequinês, uma raça que creio ser extinta pois nunca mais os vi, tínhamos enquanto jovens, e jovens às vezes são cruéis um olhar de malicia pois ouvíamos dizer que aqueles bichinhos eram ótimos companheiros de prazer erótico sexual; hoje sei que isso se chama zoofilia, mas não é o tema que abordarei aqui.


Mas falando sério e deixando essa reminiscência adolescente de lado, vale a pena pensar sobre isso que é a consequência do fenômeno das relações fluídas e descartáveis que no fim e a cabo trazem muito mais frustração do que prazer.


Deduzo isso pois a pesquisa também aponta que essa preferência não é determinada pelo sexo, mas sim pela idade, e que os mais velhos estão menos propensos a fazer essa troca, o que traduz um fenômeno de tempos atuais.


Sabemos que a companhia dos pets traz grandes benefícios para a saúde e para o estado emocional do ser humano.


É inevitável associar o resultado dessa pesquisa as questões do mundo contemporâneo em que a intimidade não é cuidada, pois a felicidade hoje é traduzida na “extimidade” que é o mundo como alimento dos prazeres. E sabemos que isso é superficial, pois ao mesmo tempo em que evoluímos em tantas descobertas científicas, vemos os homens e mulheres mais solitários e infelizes.


Porque esses acontecimentos e sentimentos vividos em exposição pública deixam a intimidade abandonada, relaxada, olhada e cuidada.


Relacionar-se é difícil, as vezes dá trabalho, a dor do término, uma rejeição também é sofrida, mas existe também a possibilidade da mudança, de crescimento que pode ser alcançada dentro de um relacionamento.


Nada contra o resultado dessa pesquisa desde que seja uma exceção a regra e não uma constante, pois defender-se do amor gera desamor contínuo e infelicidade.


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