Liberdade sexual é a palavra que todas e todos usam quando querem se apresentar enquanto pessoas maduras e donas de sua própria história. Mas, como terapeuta sexual, a queixa mais comum entre as mulheres é dificuldade orgásmica e isso está intimamente ligado à uma educação sexual repressiva.
Quando a lubrificação e o relaxamento não ocorrem satisfatoriamente durante o ato sexual, a dor no ato sexual ocorre. As causas de mulheres jovens que não se soltam é frequentemente emocional e também de desconhecimento de seu próprio corpo e seu potencial sexual, além de naturalmente os mitos sexuais vindos de uma educação rígida.
Achei oportuno colocar aqui uma serie de exercícios bem fáceis que fazem com que a mulher entre em contato com seu corpo sexual. São contrações nos músculos pélvicos, que aumentam o controle corporal e podem ajudar a solucionar disfunções sexuais.
São exercícios que podem ser feitos durante atividades cotidianas, seja por pudor, repressão, traumas físicos ou psicológicos, componentes orgânicos ou até falta de confiança e intimidade com o parceiro. Muitas mulheres apresentam bloqueios durante a relação sexual que as impedem de se satisfazer.
Um estudo realizado em 2004 pela sexóloga Carmita Abdo, em que 3.148 brasileiras de 18 cidades foram entrevistadas, revelou que 50,9% das mulheres sofrem de algum tipo de disfunção sexual.
Os músculos pélvicos, como todos os outros do corpo, podem ser trabalhados e isso sem dúvida ajuda no exercício pleno da sexualidade.
São basicamente seis exercícios que ajudam a mulher a chegar ao orgasmo, que realizados pelo menos uma vez ao dia, preferencialmente de manhã, farão uma grande diferença na vida sexual das mulheres. Naquelas que a dificuldade sexual não existe, sabe-se que esses exercícios também ajudam a manter a juventude dos órgãos sexuais.
1 - Posição: deitada de costas (barriga para cima), com as pernas dobradas e os pés apoiados na base (separados o equivalente à largura da sua bacia).
Séries:
- 10 contrações rápidas (contrair e relaxar);
- 10 contrações sustentadas por 5 segundos e com repouso de 10 segundos entre uma contração e outra;
- 3 contrações sustentadas (10 segundos de contração e 20 segundos de repouso);
2 - Posição: deitada com os pés apoiados na parede (separados o equivalente à largura da sua bacia).
Séries:
- 10 contrações rápidas (contrair e relaxar);
- 10 contrações sustentadas por 5 segundos e repouso de 10 segundos;
- 5 contrações sustentadas (10 segundos de contração e 20 segundos de repouso);
3 - Posição: sentada, com o tronco apoiado no encosto da cadeira e pés apoiados no chão.
Séries:
- 10 contrações rápidas (contrair e relaxar);
- 10 contrações sustentadas por 7 segundos e repouso de 10 segundos;
- 10 contrações sustentadas (10 segundos de contração e 20 segundos de repouso);
4 - Posição: sentada, com o tronco inclinado levemente para frente e cotovelos encostados nos joelhos.
Séries:
- 10 contrações rápidas (contrair e relaxar);
- 10 contrações sustentadas por 7 segundos e repouso de 10 segundos;
- 10 contrações sustentadas (10 segundos de contração e 20 segundos de repouso);
5 - Posição: sentada na beira da cadeira, incline levemente o tronco para trás e apoie as mãos no assento.
Séries:
- 10 contrações rápidas (contrair e relaxar);
- 10 contrações sustentadas por 7 segundos e repouso de 10 segundos;
- 10 contrações sustentadas (10 segundos de contração e 20 segundos de repouso);
8ª semana em diante – exercícios 1, 2, 3, 4, 5 e 6
6 - Posição: em pé, com leve flexão dos joelhos e coluna ereta.
Séries:
- 10 contrações rápidas (contrair e relaxar);
- 20 contrações sustentadas por 10 segundos e repouso de 10 segundos;
E finalmente contrair o períneo e tossir ao mesmo tempo. Repetir 5 vezes.
Achei muito interessante falar desses exercícios bem simples que podem sanar problemas que ficam cristalizados e podem acabar sendo incorporados numa vivencia triste e sem prazer. Simples assim.