O novo mundo – Metaverso

No evento Facebook Connect 2021, Mark Zuckerberg revelou que o Facebook passaria a se chamar 'Meta'

Por: Leonardo Delfino  -  19/11/21  -  06:49
  Foto: Imagem Ilustrativa/Freepik

Recentemente Mark Zuckerberg nos revelou que sua empresa se chamará de agora em diante "Meta" e não mais Facebook. Entretanto, a rede social criada por Mark, o Facebook, continuará, assim como as outras experiências sociais que sua companhia oferece (Instagram, WhatsApp, Messenger). A ideia é utilizá-las como ferramentas complementares do “metaverso” e não como se fossem algo individual. Mas o que é o “metaverso” idealizado pelo fundador do Facebook? 


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A primeira coisa que nos perguntamos é: porque "Meta"? A ideia do nome nasceu devido as leituras de Mark sobre os Estudos clássicos, um campo onde é discutido sobre a antiguidade clássica greco-romana, especificamente registros relacionados às línguas e literaturas, passando pela filosofia greco-romana, história antiga e arqueologia clássica. A palavra "meta" vem da palavra grega que significa "além" e, segundo o fundador do Facebook, ela simboliza a ideia de que “sempre há mais para construir e sempre há um próximo capítulo para a história".


O que é metaverso?
No evento "Facebook Connect 2021" promovido pelo Facebook, o presidente-executivo Mark Zuckerberg revelou que sua empresa se chamaria de agora em diante "Meta" e anunciou uma nova ideia para ir além dos serviços oferecidos pela companhia hoje, o "metaverso". De acordo com Mark, a qualidade que define o metaverso é a "presença", onde será oferecido uma experiência que tentará trazer a sensação de que você está realmente em outro lugar ou com outra pessoa.


Para trazer a sensação de presença ao metaverso citado por Mark, haverá um mundo virtual com diversos ambientes virtuais onde os usuários poderão, segundo a empresa, reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras e criar. Cada pessoa poderá criar seu próprio ambiente, inserindo/criando objetos, músicas, imagens, praticamente qualquer coisa que puder ou quiser ter.


Além disso, você terá um avatar, que será a maneira como os outros irão enxergá-lo no metaverso, e será possível caracterizar seu personagem da maneira como quiser, incluindo formas encontradas somente em obras de ficção científica ou fantasia.


Junção de aplicativos
Mark Zuckerberg pretende utilizar aplicativos de sua empresa como o WhatsApp e o Messenger para que os usuários se comuniquem, através da utilização de realidade aumentada, dentro dos ambientes virtuais do metaverso. A ideia é que os aplicativos da companhia e dispositivos (celulares, tablets, computadores, etc.) utilizados para acessá-los sejam uma mera “porta de entrada” e não o “centro das atenções”, tornando-se algo “transparente”.


Mark Zuckerberg diz: “A próxima plataforma será ainda mais envolvente, onde você está na experiência, não apenas olhando para ela. Chamamos isso de metaverso, e ele afetará todos os produtos que construímos.”


Durante sua carta, o fundador do Facebook complementa sua ideia dizendo: "O metaverso é a próxima fronteira para conectar pessoas, assim como as redes sociais eram quando começamos."


Para interagir uns com os outros, as pessoas poderão se “teletransportar” para diversos ambientes do metaverso que se irão se comportar como se fossem links na internet, onde você irá clicar para entrar, podendo ser a “casa” de uma pessoa ou um ambiente criado para reunir uma comunidade, por exemplo. Nestes espaços, os usuários poderão conversar, jogar um game, abrir uma live streaming, entre infinitas outras possibilidades.


Mark também cita que o metaverso permitirá que criadores e desenvolvedores tragam novas experiências para os usuários através de ambientes e itens digitais que serão interoperáveis, criando assim uma economia criativa gigantesca. Ou seja, poderemos ter criações gratuitas e pagas para a interação dos usuários, trazendo cada vez mais novas formas de comunicação e diversão.


Interfaces naturais
Como dito no início, a ideia da “Meta”, novo nome da empresa de Mark, a ideia é sempre ir além. Pensando nisso, a companhia também pretende trazer ferramentas e ambientes virtuais do metaverso para o mundo real através da realidade aumentada, possibilitando um aumento de produtividade e interação além de nossa imaginação devido às infinitas possibilidades que surgirão.


Privacidade
Após passar por muitos problemas envolvendo privacidade e segurança, Mark, fundador do Facebook, não poderia deixar de afirmar que desde o primeiro dia do metaverso os usuários terão a certeza de que estarão seguros e que sua privacidade estará protegida. Embora seja apenas uma promessa, já é um início para a criação de uma confiança neste novo ecossistema virtual criado por Mark.


Interação social
O valor que o mercado de criptomoedas entrega para a tendência do metaverso é a construção de formatos econômicos mais sustentáveis e que remuneram todos os elos dentro da aplicação.


O resultado desse formato é a criação de games com maior retenção do usuário e distribuição por parte da própria comunidade, ou seja, um excelente efeito rede, que tem atraído diversos fundos de capital de risco.


“O que Axie Infinity desbloqueou é a capacidade de jogar os jogos que você ama, se divertir, mas também participar do lado financeiro da comunidade. Esta é uma ideia incrivelmente poderosa: significa que os jogos não são mais puro entretenimento, mas passam para o reino do trabalho.” – Arianna Simpson, sócia da Andreessen Horowitz (a16z).


O setor de games em blockchain foi o segundo mais investido em setembro de 2021, com mais de US$ 1,5 milhão aportados.


Ainda existe um longo ciclo de desenvolvimento para este setor, especialmente, no que se refere à experiência do usuário e facilidade de acesso às plataformas, dois dos principais pilares para qualquer segmento se tornar mainstream.


O fato é que o mercado de games em blockchain está construindo um grande diferencial competitivo em relação aos demais participantes da indústria e, caso os gargalos de acesso para o grande público sejam resolvidos, este mercado pode ser o grande precursor do metaverso.


Para os investidores que buscam se expor ao mercado de criptomoedas no longo prazo em setores que apresentem um diferencial competitivo significativo, estudar o conceito de Metaverso e Web 3.0 pode ajudar na construção de um bom portfólio.


Apenas lembre-se que este mercado está apenas começando e ainda não está claro quem serão os vencedores deste “novo universo.”


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