O novo mundo do metaverso
“Várias empresas estão construindo suas próprias arquiteturas para esse novo 'mundo'"
Em média, a cada dez anos, há uma mudança de paradigma nas plataformas da tecnologia da informação e comunicação. Na década de 1990, eram as comunicações por PC; nos anos 2000, a web; nos anos 2010, o smartphone. Agora, na década de 2020, o novo paradigma é o metaverso.
Trata-se de um ambiente virtual 3D que incorpora uma variedade de novas tecnologias. Ele fornece uma experiência imersiva baseada na tecnologia de realidade aumentada, cria um espelho do mundo real com base na tecnologia de gêmeos digitais, constrói um sistema econômico baseado na tecnologia blockchain e integra intimamente os mundos virtual e real nos sistemas econômico, social, cultural, legal e de identidade.
O metaverso tem um poder avassalador sem precedentes e será amplamente utilizado na educação, indústria, economia, cidade inteligente, medicina, arte, cultura, socialização, nos jogos e em outros campos. Os avanços na tecnologia impulsionaram a transição da internet atual para o metaverso, borrando as linhas entre ambientes físicos e virtuais. Com poderosos dispositivos de computação inteligentes, o futuro imersivo será mais interativo, integrado, vívido e multimídia.
Várias empresas estão construindo suas próprias arquiteturas para esse novo “mundo”. A Disney anunciou recentemente a nomeação de representantes para essa nova fase. O objetivo do seu vice-presidente, Mike White, é desenvolver estratégias para a aplicação e desenvolvimento desse novo sistema que irá revolucionar a tecnologia. No ano passado, a Disney registrou patente para um produto de realidade virtual e aumentada, diferente de tudo o que já se viu. Ele opera independentemente de óculos, fones de ouvido e outros eletrônicos.
Também em 2021, a Disney lançou Golden Moments, uma série de NFTs com personagens icônicos dos universos Star Wars, Marvel e Pixar.
O atual campeão da Premier League inglesa, Manchester City, anunciou o início da construção do primeiro estádio de futebol em um mundo virtual. A ideia é desenvolver uma versão em realidade virtual do lugar. Isso permitirá que os torcedores assistam aos jogos de suas próprias casas, não importa onde estejam. Além disso, também foi estudada a possibilidade de torcedores e jogadores se encontrarem e se comunicarem no mundo virtual. E os fãs ainda poderão comprar itens virtuais nesses mundos digitais.
Cerca de R$ 4 trilhões serão transferidos de mundos virtuais até 2024, segundo o site financeiro Bloomberg. As maiores empresas de tecnologia apostam na realidade virtual para a próxima década. Atualmente, existem duas plataformas de metaverso: The Sandbox e Decentraland. Em outubro, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, alterou o nome da empresa de rede social para Meta para enfatizar a mudança para novas formas de conexão. Um novo mundo está chegando!
