Um elo na Baixada Santista
Há muito não se via tamanha integração das prefeituras das nove cidades da região, como na ocorrida contra covid-19
O novo coronavírus trouxe prejuízo, instabilidade e insegurança a todos os municípios. Ao menos um fator positivo é preciso se destacar diante de tal adversidade: a atuação do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) ao longo dos últimos dois anos – há muito não se via tamanha integração das prefeituras das nove cidades da região, como a ocorrida no enfrentamento da pandemia.
O colegiado, composto por prefeitos e representantes do Governo do Estado, realizou uma série de encontros e manteve contato ininterrupto para organizar e deliberar medidas conjuntas na tentativa de mitigar os efeitos da covid-19 no litoral. A maior parte das decisões se revelou acertada.
Mesmo uma proposta que fiz ao então presidente do grupo, o prefeito santista Rogério Santos, em 2020, foi levada em primeira mão para apreciação de seus integrantes. À época, propus que as cidades fizessem convênios com hotéis (então fechados) para abrigar profissionais de saúde. Destinei uma emenda parlamentar de R$ 300 mil para Santos, que tirou a ideia do papel. Em tempo: deputados não participam oficialmente do colegiado.
Portanto, desejo sucesso à prefeita Raquel Chini, de Praia Grande, que na terça-feira (22) encampou a missão de conduzir a presidência do Condesb até o ano que vem. A enalteço por sua coragem, já que estamos em momento ainda sensível da pandemia, e pelo fato de termos novamente uma mulher à frente do órgão – a última prefeita na cadeira foi Ana Preto, de Peruíbe (2013-2014). Aliás, o comando será feminino até 2023: Juliana Ogawa, chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Regional, foi escolhida como vice-presidente.
Desde já coloco meu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) à disposição da nova presidência para o que for necessário e possível contribuir a partir do Palácio 9 de Julho. Serão muitos os desafios na retomada econômica pós-covid. A união que se viu não apenas entre os prefeitos, mas também os parlamentares da Baixada Santista (tanto estaduais quanto federais), na busca por ações frente a um inimigo invisível, silencioso, mas letal, foi exemplar.
Que essa lição, compreendida num momento especialmente doloroso, fique para sempre e se estenda para a resolução de outros problemas que afligem a região. Unidos e integrados podemos fazer mais. Muito mais.
