A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês) coloca os alimentos embutidos junto do tabaco e do amianto na classificação de agentes cancerígenos. Entram nesse rol petiscos e ‘misturas’ aparentemente inocentes, mas que podem causar danos à saúde se consumidos com frequência.
Estamos falando de salsichas, nuggets, hambúrgueres, linguiças, mortadelas e afins – os famosos produtos de carne processada industrializados (não os caseiros). Fáceis de preparar e com validade longa, esses alimentos são ricos em gordura (saturada e trans), sódio, conservantes e aditivos – uma mistura pouco nutritiva e nada aconselhável para o organismo.
Como alertam os nutricionistas, tais produtos são potencialmente perigosos para as crianças, podendo resultar em obesidade e doenças como a diabetes. Por isso a importância da educação alimentar desde cedo.
Na semana passada, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) emitiu parecer favorável a um projeto de lei que apresentei em 2020. O texto estabelece a proibição do uso de alimentos embutidos nas merendas servidas na rede estadual de educação.
O objetivo é assegurar aos alunos uma refeição mais nutritiva, à base de ingredientes naturais. Fica previsto, também, que as escolas realizem campanhas educativas informando a importância da alimentação mais saudável.
Como defendem os especialistas, não é preciso radicalizar na hora de comer: mas é essencial que, no dia a dia, busque-se a qualidade do que vai ao prato. Os embutidos podem ficar para as festinhas ou ocasiões excepcionais.