O show não pode parar

Ironicamente, foram justamente os artistas e profissionais da cultura a classe que mais sofreu na pele na pandemia

Por: Kenny Mendes  -  14/05/21  -  07:57
 O show não pode parar
O show não pode parar   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Além das óbvias implicações relacionadas à saúde pública, a pandemia do novo coronavírus e seu decorrente isolamento social trouxeram estresse, desconforto, solidão e desânimo, entre tantos outros problemas, a milhares de pessoas. Pois imagine atravessar esse período tão conturbado sem ouvir música, ler um livro, ver um filme, assistir a uma live ou espetáculo virtual?


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O advento da Covid-19, por vias tortas, ressaltou a importância das manifestações artísticas em nossa vida cotidiana. A cultura nos entreteve, nos fez pensar, nos serviu de inspiração, estimulou nossa saúde mental, nos instigou, nos acalentou num momento árduo.


Ironicamente, foram justamente os artistas e profissionais da cultura a classe que mais sofreu na pele as dificuldades econômicas impostas pelo vírus. Com teatros, cinemas, circos, casas de shows fechados, essas pessoas viram seu meio de sustento cessar da noite para o dia. E lá se vão muitos dias desde então.


Tenho a honra de integrar a Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Aliás, nesta semana fui reconduzido ao colegiado para o triênio 2021-2023. Uma das nossas batalhas, no grupo, era encontrar uma forma de amparar o setor artístico após tantos meses de embargo. Foram várias as interlocuções com o Palácio dos Bandeirantes nesse sentido. O esforço deu resultado.


O Governo do Estado acaba de anunciar um investimento de R$ 200 milhões para 9.340 projetos de artistas, produtores culturais e prefeituras, que serão selecionados por chamadas públicas e curadorias independentes.


Conforme informou a Secretaria de Cultura e Economia Criativa à comissão, estima-se gerar 138 mil postos de trabalho e um impacto econômico de R$ 300 milhões, proporcionando a retomada gradual das atividades no setor por meio de três programas de fomento complementares: ProAC Expresso Editais, ProAC Expresso Direto e Juntos pela Cultura.


A Baixada Santista, junto com o Vale do Ribeira e o Pontal do Paranapanema, contará com linhas específicas que somarão cerca de R$ 2 milhões.


Temos o compromisso de acompanhar a distribuição desses recursos. O aporte no setor já se fazia premente no ano passado. Enfim, há luz no fim do túnel. Precisamos, antes tarde do que nunca, dar condições para que nossos artistas continuem nos amparando em tempos de desassossego.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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