Não bastasse o perigo invisível trazido pelo novo coronavírus, agora as unidades de saúde passam a lidar com vítimas de uma ameaça bem perceptível: o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e do chikungunya. Ambas doenças que podem ser letais, assim como a Covid-19.
A Baixada Santista, no momento, é a região que vem apresentando os índices mais preocupantes em São Paulo. Desde o início do ano, já registramos três mortes causadas por dengue (São Vicente e Peruíbe) e uma pelo chikungunya (Santos). O número de infectados confirmados é alto: 2.293 (dengue) e 808 (chikungunya). Sobre o zica vírus, do qual o mosquito também é vetor, há um caso suspeito em Itanhaém.
Já enfrentamos pandemias da dengue em anos anteriores, que resultavam em unidades de saúde superlotadas. Causa apreensão imaginar a repetição desse problema (ou um novo, com o chikungunya) em meio a um cenário em que o sistema hospitalar está completamente sobrecarregado devido aos pacientes com coronavírus, como ocorre nos dias atuais.
Para piorar, alguns dos sintomas dessas doenças são similares, como as dores no corpo e na cabeça ou a febre. Tudo do que não precisamos, nesse momento, é de pessoas com suspeita de diferentes enfermidades aglomerados nos postos médicos. Seria um quadro caótico.
Por conta do isolamento social ocasionado pela Covid-19, as inspeções dos agentes de fiscalização das prefeituras aos imóveis não vazios estão restritas. Assim, cabe ao próprio munícipe vistoriar em sua residência se há possíveis criadouros para as larvas do mosquito, seja numa piscina ou num simples vasinho com plantas.