No caminho da transição

Em São Paulo, toda a população adulta estará imunizada pelo menos com a primeira dose vacinal até o próximo dia 16

Por: Kenny Mendes  -  30/07/21  -  06:22
 Congressos, feiras, simpósios, shows ou mesmo uma simples festa de formatura movimentam toda uma cadeia econômica
Congressos, feiras, simpósios, shows ou mesmo uma simples festa de formatura movimentam toda uma cadeia econômica   Foto: Thiago D'Almeida/AT

Em agosto de 2020, encaminhei um requerimento de informações ao Governo do Estado com uma série de questionamentos sobre a situação do setor de eventos em solo paulista em meio ao enfrentamento à covid-19. Como a pandemia se encontrava numa fase muito preocupante, ainda não havia perspectiva real para a retomada segura das atividades do segmento naquele momento.


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Passado um ano, o cenário é mais animador. Em São Paulo, toda a população adulta estará imunizada pelo menos com a primeira dose vacinal até o próximo dia 16, conforme anúncio nesta semana do Palácio dos Bandeirantes. A partir dessa data, os estabelecimentos comerciais e públicos poderão atender com 100% de sua capacidade, sempre obedecendo os cuidados sanitários, evidentemente. É um bom sinal.


Santos sediou neste mês a Expo Retomada, o primeiro de 30 eventos-modelo nas áreas de economia criativa, negócios, lazer, esportes e turismo com o propósito de testar os rigorosos protocolos de segurança. O objetivo é criar um planejamento seguro, responsável e baseado na ciência com o apoio do setor privado para preceder o retorno completo das atividades com público. O resultado foi considerado excelente.


O setor de eventos sofreu um baque pesadíssimo ao longo de um ano e meio. Estima-se que as perdas com a paralisação atinjam mais de R$ 300 bilhões – o que seria movimentado no período, segundo a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta).


Mas há motivos para otimismo nesse mercado. Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Turismo e Viagens com 22 empresas do setor – de 16 segmentos – aponta que 61,8% pretendem investir em eventos presenciais ainda neste ano. O índice sobe para 70% em 2022.


Congressos, feiras, simpósios, shows ou mesmo uma simples festa de formatura movimentam toda uma cadeia econômica. São eventos que atraem investimentos para a cidade, beneficiam o turismo, aumentam o consumo em bares, restaurantes e lojas, incrementam a rede hoteleira e, o mais importante, geram empregos diretos e indiretos. É exatamente do que os municípios necessitam, no momento, para fazer a transição para um tão esperado período de normalidade.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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