As estatísticas mostram que o Brasil deve atingir a marca de 500 mil mortos pela covid-19 neste mês. Numa dura comparação, será como se todos os moradores de Santos e Bertioga desaparecessem do mapa. Isso dá a dimensão prática do problema que estamos enfrentando.
Um problema, aliás, que ainda nos trará muitos desafios. Ao mesmo tempo que variantes mais contagiosas do vírus estão circulando pelo território nacional, especialistas afirmam que a terceira onda da doença é inevitável. Na semana passada, a taxa de ocupação dos leitos de UTI no Estado de São Paulo para pacientes do novo coronavírus ficou acima dos 80% – índice que indica colapso no sistema de saúde.
A solução para evitar a prolongação de tantos dissabores é a vacinação em massa. Com apenas 10,6 % dos brasileiros já completamente imunizados (duas doses), ainda caminhamos num ritmo muito aquém do desejável. Mas há algumas luzes no fim do túnel.
Na quarta-feira (2), o governador João Doria anunciou um novo plano de vacinação no Estado. Conforme o Palácio dos Bandeirantes, toda a população adulta paulista (acima dos 18 anos) estará imunizada até 31 de outubro. Não se descarta ampliar a ação para a faixa dos 16 anos. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro garantiu que todos os brasileiros que desejarem terão acesso à vacinação completa até o fim do ano.
A fixação desses prazos já traz um alento. Todos esperamos e torcemos para que os cronogramas de vacinação sejam respeitados – se possível, até adiantados. Disputas políticas não podem contaminar questões de saúde pública. Já contamos com a Coronavac, a Oxford Astrazeneca, a Pfizer. Que venham outras vacinas.
Quanto mais pessoas estiverem imunizadas, mais rápida será a possibilidade de uma retomada da economia segura e plena – que não tenha que ser interrompida a cada nova onda do vírus.