Barbárie e covardia

Tenho outros dois PLs que tratam da violência doméstica em trâmite na Casa

Por: Kenny Mendes  -  24/06/22  -  06:52
  Foto: Hier und jetzt Reise/ Pixabay

A Lei Estadual 17.406, que determina aos condomínios paulistas comunicar os órgãos de segurança pública casos ou indícios de episódios de violência doméstica contra mulheres, crianças, adolescentes ou idosos, foi criada a partir de um projeto de lei (PL) que apresentei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 2020.


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Tenho outros dois PLs que tratam do mesmo assunto em trâmite na Casa: o que cria a Política Estadual de Qualificação Técnica e Profissional gratuita, com vagas reservadas às mulheres vítimas de violência familiar e o que obriga as concessionárias de fornecimento de água, energia elétrica e gás a divulgar, em suas faturas de consumo, números de telefone de emergência para casos de violência doméstica e familiar.


Muitos me perguntam por qual razão venho dedicando tanta atenção ao tema violência contra a mulher ao longo do mandato. Minha resposta vem simples: porque é necessário. E digo isso com um sentimento misto de indignação e frustração.


O caso da procuradora-geral de Registro, Gabriela Samadello de Barros, que foi covardemente espancada por um “colega” de profissão (Demétrius Macedo), é um exemplo do que estou dizendo. As cenas, chocantes e repulsivas, foram registradas por alguém que assistia ao fato e se tornaram provas. Causaram comoção nacional. O agressor foi preso nesta quinta-feira (23).


O inquérito policial instaurado para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além de depoimento da procuradora, para fundamentar o pedido de prisão preventiva. Mas e quando a violência acontece entre quatro paredes, sem testemunhas? Ou os casos em que a vítima opta pelo silêncio por medo de retaliações do agressor?


É por esse motivo que qualquer medida que previna, diminua ou ao menos tente inibir a violência contra a mulher nunca será demais. São ações que ainda se fazem necessárias. Infelizmente.


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