Vivemos uma guerra silenciosa

O processo vem acontecendo lentamente de dentro para fora e atacando cada um dos setores nevrálgicos do país

Por: Júnior Bozzella  -  23/08/21  -  07:42
 Ou o Brasil acaba com o Bolsonaro ou o Bolsonaro acaba com o Brasil.
Ou o Brasil acaba com o Bolsonaro ou o Bolsonaro acaba com o Brasil.   Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Brasil vive hoje uma verdadeira implosão. O processo vem acontecendo lentamente de dentro para fora e atacando cada um dos setores nevrálgicos do país.


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Saúde, Educação, Social, Cultura, Meio Ambiente e Economia, todos tendo retrocessos perigosos que fizeram com que o Brasil perdesse várias posições nos principais rankings mundiais. Vivemos uma guerra silenciosa onde o inimigo é outro, não é uma nação vizinha ou algo assim, é o próprio presidente da República que vem diariamente, de todas as formas possíveis, sabotando o desenvolvimento do país.


Depois do desmanche na Saúde e na Educação que vivenciamos dia após dia desde o início da pandemia há 1 ano e meio, assistimos agora à derrocada da economia em virtude da falta de políticas econômicas efetivas e da ineficiência na gestão do Governo Federal.


Os índices assustam. Estamos falando em mais de 14 milhões de brasileiros desempregados, cerca de 120 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil. O número representa mais da metade do número dos brasileiros e engloba pessoas que não se alimentam como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente.


Esse é o cenário no Brasil após quase 2 anos e meio de governo Bolsonaro. Inflação e desemprego nas alturas e economia patinando.


O preço do combustível registrou um salto de 1,53% ao longo da última semana, chegando a R$ 7,360 por litro na região Norte.


Analistas vem revisando para cima as perspectivas de inflação para este ano e o próximo. O mais recente boletim Focus estima agora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 7,05% em 2021, percentual quase 1% maior do que o previsto anteriormente.


​Na última semana a Folha de S. Paulo fez uma ampla análise da evolução de indicadores nos 30 primeiros meses da gestão de Jair Bolsonaro e constataram o que o brasileiro vê nas ruas e sente no seu dia a dia, ou seja, que o país não conseguiu avançar significativamente em nenhuma área e assistiu a retrocesso na economia, no social, meio ambiente, saúde e educação, entre outros. Dos indicadores analisados pela Folha, 63 tiveram piora, 28 melhoraram e 10 permaneceram estáveis.


A quantidade de pessoas em situação de rua em todo o Brasil é alarmante e só evidência o aumento da desigualdade e da pobreza, apesar do pagamento de auxílio emergencial. Isso porque com a diminuição dos valores o auxilio acabou por não compensar toda a retração do mercado de trabalho. Em meio a todas as dificuldades impostas pela pandemia, um dos principais programas sociais do governo, o Bolsa Família, voltou a ter fila de espera e sofreu com restrição orçamentária. Recentemente, como parte de uma das ações eleitoreiras de campanha o presidente Bolsonaro voltou a investir no programa que sob o nome Auxílio Brasil, está em fase de reformulação, mas que nao teve muito impacto no cenário econômico.


Não foram só as políticas de combate à corrupção que ficaram apenas nas promessas do governo Bolsonaro, as promessas do liberalismo econômico também ficaram apenas nas palavras e no papel do Plano de Governo bolsonarista. Dois anos e meio depois da eleição de Jair Bolsonaro, nenhuma estatal foi privatizada, o acordo com a União Europeia está travado e o novo marco regulatório do gás ainda não trouxe os resultados esperados, como a tão aguardada energia barata.


A realidade é que não há em todo o governo um setor que tenha obtido melhoras, pelo contrário. O Brasil vive um boicote interno fruto da absoluta incompetência do presidente da República. Chegamos num ponto crítico e o futuro do país depende de cada um de nós brasileiros: Ou o Brasil acaba com o Bolsonaro ou o Bolsonaro acaba com o Brasil.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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