Não tem como não se emocionar
Eu sou apaixonado por Olimpíada e pelo esporte; e para quem tem esse sentimento não existe nada melhor
Começou a grande festa do esporte. E eu queria muito poder ficar acordado durante essas duas semanas inteiras para poder ver os nossos atletas. Sinceramente, eu torço para todos. Dos esportes coletivos aos individuais. Adoro ver vôlei, handebol, basquete (que infelizmente não estamos lá), mas modalidades individuais me emocionam muito. Afinal, o que um esportista solitário faz para chegar num momento desse chega a ser desumano. Treinos, pressão psicológica, pouco reconhecimento, falta de patrocínio e muita cobrança.
De tantos ídolos que eu acompanho há muito tempo eu queria muito ver a Ana Marcela Cunha, esse talento maravilhoso da natação, realizar o seu sonho na maratona aquática. A nadadora que chegou novinha da Bahia tem uma personalidade que me encanta. Ela sabe o que quer. Já ganhou títulos muito importantes, em todos os lugares do mundo, mas não desiste do sonho olímpico. Me emociono só de lembrar da história, da raça e da vontade de Ana Marcela. Desejo muita sorte para ela. E para toda sua família.
Também vibro com os heróis do atletismo. No passado já torci muito para o meu amigo e ídolo Sanderlei Parrela, que quase ganhou bronze na prova de 400 metros em Sidney-2000. E para Rosemar Coelho, uma das nossas velocistas que fizeram história no 4x100 metros. E enquanto escrevo vem na minha memória, a narração do Galvão Bueno, em 2000: “É prata, é prata, é prata”.
Os nossos quatro mosqueteiros do revezamento são heróis inesquecíveis. Claudinei Quirino, André Domingos, Edson Luciano e Vicente Lenilson. Aqueles 37s90 são mágicos. Para sempre. Agora a torcida é pelo Alison, o Piu, nos 400m com barreiras. Pelo Thiago Braz, do salto com vara. Pelos nossos revezamentos. E pelo surfe, pelo skate. Por qualquer brasileiro que nos ajude a sonhar. Eu sou apaixonado por Olimpíada e pelo esporte. E para quem tem esse sentimento não existe nada melhor.
