Mais Briosa do que nunca

Conquista da Copa Paulista faz o clube rubro-verde reviver momentos de glória

Por: Eduardo Silva  -  15/10/23  -  09:32
O capitão e artilheiro da Copa Paulista, Franco, fez a festa com a galera em Ulrico Mursa
O capitão e artilheiro da Copa Paulista, Franco, fez a festa com a galera em Ulrico Mursa   Foto: Silvio Luiz/AT

“E o seu lema é não desista. A mais Briosa, a Portuguesa Santista”. Só quem acompanha a Briosa de perto sabe que nunca nada foi fácil na história deste clube centenário. Desde a fundação até a decisão da Copa Paulista, ontem, contra o São José, no Estádio Martins Pereira, a Portuguesa sempre lutou com dificuldades para viver grandes momentos. Dos heróis da Fita Azul de 1959, sob comando do técnico Filpo Núñez, ao famoso acesso à elite do futebol paulista em 1965, quando venceu a Ponte Preta, de forma dramática por 1 a 0, com gol do craque Samarone, na chamada Batalha de Campinas.


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Desde os tempos do velho Papa, do Seu Davi, de Agenor Gomes, o Manga, e de muitos outros técnicos, a Portuguesa Santista sempre foi uma fábrica de grandes talentos que foram brilhar pelo Brasil e no exterior. E foi assim a vida inteira. Jogando com raça. Caindo, mas voltando sempre mais forte. A Briosa ousou vencer os times grandes e enfrentou até o racismo na África do Sul.


Ontem, essa história de coragem se repetiu. A Portuguesa foi mais Briosa do que nunca. Só precisava empatar, mas jogou pra ganhar. Perdeu um jogador ainda no primeiro tempo, sofreu a virada e via a decisão seguir para os pênaltis. Mas e a letra do hino? Bem que o meia Franco avisou: “Essa é a bola do jogo”. Jean acreditou. E foi mesmo. A bola do jogo e do título da Copa Paulista. O comando firme do técnico Sérgio Guedes fez a diferença. Ele escolheu, montou e liderou esse grupo. Toda vez que encontrava com ele, o Serjão falava: “Vai dar certo. Vamos avançar”.


Os jogadores acreditaram no treinador estudioso e competente e corresponderam à expectativa que ele tinha. Méritos também da diretoria (presidente Serginho, vice Émerson Coelho e gerente Cassiano Carduz), da comissão técnica e de uma torcida apaixonada. Tanta gente que vive o dia a dia de Ulrico Mursa e não falha um jogo. Nelsinhos, Serginhos, Marcios, Rogérios, Alcinos, Carivaldos, Alex, Matheus, Brunos, Zé Augustos, Otávios, Miros e os históricos José Ciaglia e Walter Dias. E muito mais gente vestiu essa camisa pesada com muito amor.


A Cidade abraçou essa equipe como há muito tempo não se via. O time e a torcida seguiram a velha máxima e nunca abandonaram o clube. Quem foi para São José dos Campos ou preferiu ficar no Estádio Ulrico Mursa nunca mais vai esquecer esse dia. O dia que esses heróis vestiram a camisa rubro-verde e a levaram outra vez para o cenário nacional. “Exuberante futebol, o da Portuguesa, faça chuva ou faça sol. O teu passado, a tua história, deixam seus atletas acobertados de glória”.


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