Ana Marcela Cunha e Kelvin Hoefler: Para sempre na história

Representantes da região entraram na história do esporte olímpico brasileiro com conquista de medalhas

Por: Eduardo Silva  -  10/08/21  -  19:57
 Ana Marcela e Kelvin: Medalhistas olímpicos da Baixada Santista
Ana Marcela e Kelvin: Medalhistas olímpicos da Baixada Santista   Foto: Divulgação

Ana Marcela Cunha e Kelvin Hoefler. Medalha de ouro e de prata. Os dois vão ser lembrados para sempre pelas medalhas conquistadas em Tóquio.


O ouro da nadadora Ana Marcela Cunha foi conquistada braçada a braçada, embalada pelos sonhos de uma menina, que veio da Bahia com apenas 15 anos, ao lado dos pais George e Ana Patrícia para se transformar na maior nadadora de maratonas aquáticas do mundo.


O skatista Kelvin Hoefler também começou cedo no esporte. Com o apoio de uma família unida que acompanhava o garoto pelos campeonatos pela região e por várias partes do Brasil. “Seo” Enéas foi sempre rigoroso. Saia de Vicente de Carvalho Guarujá para Levar o filho para a Praça Palmares. E quando alguém perguntava para o pai coruja porque ele era tão duro ele tinha resposta. “O skate é coisa séria. Ainda vai virar esporte olímpico”.


Muitos não acreditavam, outros ironizavam, mas a determinação dele e o apoio da mãe Roberta e das irmãs Nathalie e Jéssica foram dando força para o Kelvin ganhar o mundo. Ele já era um colecionador de títulos antes da Olimpíada, mas ganhar um medalha na competição mais importante de todo o mundo é diferente.


Ana Marcela também já era uma referência nas provas de águas abertas. Melhor nadadora do mundo faltava ganhar uma medalha na Olimpíada. Ana sabia disso. Mas preferiu não deixar a ansiedade atrapalhar seus planos. Com a experiência adquirida, ela e o técnico Fernando Possenti planejaram muito bem. O treinador criou a estratégia e Ana Marcela cumpriu tudo à risca.


Juntos eles decidiram competir em Tóquio como se fosse mais uma etapa do Mundial que ela colecionou tantos títulos. Sábia decisão. Ela nadou sem esse peso das costas e no dia da prova ninguém tiraria essa medalha da nossa campeã olímpica, afinal só ela sabia o que já tinha passado. E ganhou com autoridade. Graças ao seu talento e a tantas pessoas que a ajudaram nessa longa trajetória. Ela e Kelvin e são exemplos do que é construir uma carreira vitoriosa. Com muito treino. Com muita dedicação e com uma força interior que só os grandes campeões conseguem. E para tudo isso acontecer, além da competência é preciso uma retaguarda que só a família pode dar.


A família é o porto seguro de todos, mas para um atleta que passa a vida a viajando, ainda é mais importante. Por isso tudo, só podemos agradecer, os nossos medalhistas e suas família que também subiram no pódio.


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