Urgência no combate à variante Delta

A ideia das autoridades é acelerar a vacinação, inclusive reduzindo o intervalo entre a primeira aplicação e a segunda

Por: Redação  -  10/07/21  -  07:41
 O mais importante é que as autoridades sanitárias dizem ter preparado uma reação para conter o avanço da Delta
O mais importante é que as autoridades sanitárias dizem ter preparado uma reação para conter o avanço da Delta   Foto: Alexsander Ferraz/AT

A preocupação dos infectologistas e dos secretários municipais de Saúde com a variante Delta do novo coronavírus demonstra o risco que essa cepa originalmente identificada na Índia traz para o País. Sem um combate mais incisivo, fica a possibilidade da Delta realimentar uma alta de casos e de internação e, consequentemente, de mortes. Contra ela, o melhor caminho é aumentar a cobertura vacinal da população e revisar o afrouxamento das medidas restritivas assim que houver a inversão da atual queda de registros. Apesar da testagem ter sido relegada a segunda plano no País, os exames precisam ser aplicados em massa para que o setor público possa monitorar a disseminação do novo coronavírus. Pelo lado educativo, as autoridades devem vir a público para alertar a população, que está cada vez mais descuidada, como se observa nas vias públicas e nas áreas de lazer. Para quem acha que o pior já passou, o balanço de A Tribuna, da última quinta-feira, com as prefeituras da região apontava 430 casos e 19 mortes em um período de 24 horas.


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Considerada 93% mais transmissível que as outras cepas, a Delta tem sintomas parecidos com o de uma gripe, como coriza, tosse e dor de cabeça. Já a perda de olfato e paladar, comum nas formas mais conhecidas da covid-19, não é frequente com a Delta. Esse quadro ajuda a confundir os médicos, que podem dar um diagnóstico incorreto, o que permitiria manter a disseminação. Portanto, mesmo no inverno, o estado gripal já não pode mais ser visto como algo brando e sim como um sinal de alerta.


O mais importante é que as autoridades sanitárias dizem ter preparado uma reação para conter o avanço da Delta, que já está em circulação no Estado. O primeiro doente já identificado não viajou para o exterior e fazia home office – 31 pessoas que de alguma forma entraram em contato com ele estão sendo monitoradas.


Por isso, a ideia das autoridades é acelerar a vacinação, inclusive reduzindo o intervalo entre a primeira aplicação e a segunda. Apesar de Santos estar avançada nesse campo – 73% dos elegíveis para imunização já receberam a primeira dose e 29% a segunda – os percentuais do País são baixos, respectivamente de 38% e 13,9%. Dessa forma, se a Delta se impor a sua concorrente, a variante Gama, originalmente identificada em Manaus (AM), ela tem potencial para infectar dezenas de milhões de brasileiros, inclusive na região.


Por enquanto, além da vacina, as melhores armas contra a Delta é manter o uso de máscara e higienizar as mãos. Evitar aglomerações também é fundamental, mas o clima de fim de pandemia (o que não é verdade e ainda está longe de se confirmar) está em todo o País. Daí a importância do cuidado pessoal e das campanhas de conscientização, que timidamente o Ministério da Saúde começou a fazer. O combate à Delta se tornou fundamental até para acelerar a reabertura da economia.


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