O impacto das vacinas

Acredita-se que haverá ingresso de novas vacinas no mercado mundial, como é o caso da Novavax e ButanVac

Por: Redação  -  16/06/21  -  08:57
  Quem sabe, a ButanVac logo também esteja disponível
Quem sabe, a ButanVac logo também esteja disponível   Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

A antecipação dos prazos para a aplicação da primeira dose das vacinas contra a covid-19, atingindo os maiores de 18 anos até setembro, no caso paulista, é uma injeção de ânimo incontestável nos empreendedores. Por outro lado, abre-se uma disposição para o consumo, que está represado tanto pelo desemprego como pela insegurança de gastar uma poupança realizada nos últimos meses por precaução. Entretanto, a base de toda essa confiança é a saúde, sob a garantia de que a vacina vai proteger vidas.


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O calendário ainda depende da disponibilidade de vacinas, uma vez que atrasos já ocorreram. Agora, os países que ficaram para trás na corrida mundial por imunizantes, como as nações africanas e emergentes, vão engrossar a demanda pelos produtos, o que não pode ser visto totalmente como uma barreira, porque se acredita que haverá o ingresso de novas vacinas no mercado internacional. É o caso da farmacêutica Novavax, que só agora completou o seu estudo de eficácia, de 90%, nos Estados Unidos e México. Quem sabe, a ButanVac logo também esteja disponível.


Outra informação animadora é que a antecipação não é exclusividade paulista. Ela também ocorre do Maranhão ao Rio de Janeiro, entre outros estados. Aliás, esse movimento conjunto gerou algumas conversas nas redes sociais sobre uso político e marketing eleitoral para 2022, porém, pode-se concluir simultaneamente que, se falhas ocorrerem, os próprios governantes terão suas gestões abaladas.


A coincidência desses planos de imunização mais céleres pode mesmo causar uma pressão gigantesca por mais vacinas. Por outro lado, como os grupos de risco e os mais velhos já estão praticamente atendidos, a aplicação de doses poderá evoluir de forma satisfatória.


Entretanto, basta observar os países com imunização bem adiantada e, consequentemente, com boa parte das medidas de restrição suspensa, para concluir que não se poderá baixar a guarda totalmente. Chile e Uruguai, dois dos melhores exemplos mundiais, tiveram alta de casos, assim como Portugal ou regiões da China e do Reino Unido. Apesar de haver a hipótese de alguma vulnerabilidade das vacinas, os sanitaristas acreditam que o excesso de confiança levou parcelas significativas dessas populações a se exporem ainda na fase sem a cobertura ideal, o que manteve fluindo o sistema de disseminação do vírus.


No caso brasileiro, sob esse aspecto, é preciso haver muito cuidado. Por aqui, as medidas de restrição, na prática, são realizadas de forma voluntária, mantendo nestas últimas semanas elevados índices de ocupação de UTIs e de registro de casos e mortes, bem acima do que se verificou em todo o ano passado.


É fundamental acompanhar a frequência à vacinação. Muitos deixaram de tomar a segunda dose e há um risco que parcela dos jovens não se imunize. São questões que o Programa Nacional de Imunização precisa se debruçar para os brasileiros reconquistarem a saúde e, assim, o retorno da economia.


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