Defender a Previdência Social em 2022

A pandemia, especialmente em nosso país, demonstrou a importância das garantias sociais estampadas na Constituição

Por: Sergio Pardal Freudenthal  -  27/12/21  -  07:31
O rombo no Regime Geral de Previdência Social só acontece pelas reduções contributivas.
O rombo no Regime Geral de Previdência Social só acontece pelas reduções contributivas.   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Após um triste Natal, sem vacinar nossas crianças, precisamos apontar para 2022 a defesa de nossa Seguridade Social. Saúde Pública, Assistência aos que precisam, e ressaltando que a Previdência Social, com quase um século de existência legal, sendo compulsória e contributiva, relaciona-se diretamente com os contratos formais de trabalho. O rombo no Regime Geral de Previdência Social só acontece pelas reduções contributivas, seja pela informalidade, “contaproprismo”, escravização, ou pelas desonerações das folhas de pagamento.


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O laboratório neoliberal chileno – só foi possível com o sangrento golpe militar – vinha soçobrando com o grave crescimento da miséria, mais da metade de seus aposentados ganhando um valor menor que a metade do salário mínimo vigente. A pandemia rasgou as cortinas em todo o mundo e o Chile responde com uma assembleia constituinte e uma eleição presidencial polarizada e vencida pela Civilização.


Aqui, teremos eleições presidenciais nesse próximo ano, e, muito provavelmente, também bastante polarizada. Com a efetiva reconstrução de nosso Estado Democrático de Direito, também é bastante esperada, e com muitas chances, a vitória da Civilização.


Se as vitórias da Civilização na América Latina são para comemorar, as polarizações com correntes fascistas demonstram que a Barbárie se apresenta com razoáveis forças. Nem podem ser desconsideradas as facções que surgiram e cresceram também no Mundo Velho. Conservam-se no poder em países com mais miséria, mas também existem nos mais civilizados.


As duas guerras mundiais atuais – contra o fascismo e contra o coronavírus, em suas mais diversas variantes – exigem o retorno da Civilização. Construída com conquistas em muitas lutas, a Civilização não pode admitir retrocessos. Três décadas de neoliberalismo serviram para aumentar a miséria e o acúmulo indevido de riquezas.


As duas guerras mundiais do século passado demonstraram as necessárias políticas sociais que foram construídas e sofreram graves desmontes pelo neoliberalismo. O combate à pandemia e às correntes fascistas exigem dos que defendem a Civilização a participação em uma frente ampla, em defesa da Ciência e da Democracia.


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