Magic Kingdom, na Flórida, completa 50 anos

Parque foi a última idealização de Walt Disney antes de sua morte, em 1966

Por: Maurício Nunes, especial para A Tribuna  -  03/10/21  -  13:40
 Parque foi a última idealização de Walt Disney antes de sua morte, em 1966
Parque foi a última idealização de Walt Disney antes de sua morte, em 1966   Foto: HenningE por Pixabay

O ano era 1964 e um comprador misterioso estava adquirindo terrenos na Flórida Central, uma área onde só havia pastagens e pântanos. Quem seria este misterioso investidor? Os boatos circulavam. Seria a Ford? GE? Coca-Cola? Nasa?


Em 24 de outubro de 1965, um jornal local desvendou o mistério: Walt Disney, o consagrado homem do showbusiness e dono do famoso parque temático Disneyland, na Califórnia, era o comprador.


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Prolífico criador e empreendedor inquieto, Walt decidiu, em meados de 1963, que a Flórida seria o local para seu novo parque temático, pois apresentava clima ensolarado quase o ano inteiro, tinha trajeto por uma grande rodovia interestadual e possuía um aeroporto regional distante cerca de meia hora de distância de suas novas terras – portanto, seria uma viagem fácil de carro ou avião para os visitantes. Nasceria, assim, o futuro Disney World Magic Kingdom, que abriu as portas ao público há exatos 50 anos. Vamos continuar conhecendo essa história?


Preços altos
No entanto, se alguém tivesse adivinhado o que Walt estava tramando, os preços dos terrenos teriam disparado muito e melado os planos do pai do Mickey. Por isso, Walt e Roy, seu irmão e parceiro nos negócios, tinham que ser inteligentes. O que fizeram? Enviaram outras pessoas para comprar as terras. Por isso, todo o mistério em torno do Projeto X ou Projeto Flórida, a nova empreitada do genial Walt Disney.


Para se ter uma ideia do poder de Walt como empresário, assim que descobriram que ele era o dono das terras, o preço dos terrenos na região disparou, mas a Disney já havia adquirido quase 30 mil acres, praticamente o dobro do tamanho de Manhattan!


Walt Disney não brincava em serviço e o projeto grandioso incluía até a construção de hotéis, lojas e restaurantes ao redor do parque, para que não ocorresse o mesmo que na Disneyland, inaugurada em 1955 e cercada por empresas que lucraram com a criação de Walt, mas que de acordo com o próprio estavam longe do padrão que ele desejava aos seus convidados e visitantes.


Infelizmente, Walt nunca veria suas novas ideias construídas, pois morreu em 1966, deixando sem rumo todos os envolvidos no projeto: ele era a mente e o coração por trás de tudo.


E agora, o que fazer?


Eis que surge Roy, o irmão e eterno escudeiro de Walt, prorrogando sua planejada aposentadoria para novamente realizar mais um sonho de seu irmão, só que, desta vez, sem ele ao lado.


O trabalho foi enorme e desafiador, mas em 1º de outubro de 1971 encontrou a plena realização ao abrir as portas ao público. Na época também foram inaugurados dois hotéis na propriedade: o Disney’s Contemporary Resort e o Disney’s Polynesian Village Resort.


O parque possuia 23 atrações, a maioria cópias da Disneyland. Originalmente, o plano de Walt era nomear seu novo complexo na Flórida como Disney World. No entanto, o generoso Roy, talvez o maior fã de Walt, resolveu homenagear seu irmão e ajudar as pessoas a se lembrarem sempre dele, batizando o empreendimento de Walt Disney World: Onde os Sonhos se Tornam Realidade.


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