Santista compartilha em livro memórias de suas viagens pelo mundo

Jussara Côrrea divide com o público suas experiências em outros continentes

Por: Pedro Porto*  -  21/12/21  -  14:17
A escritora Jussara Corrêa narra em livro suas viagens, em especial pela Ásia
A escritora Jussara Corrêa narra em livro suas viagens, em especial pela Ásia   Foto: Arquivo pessoal/Jussara Corrêa

Com uma rica trajetória de vida, construída a partir do contato com diferentes culturas do Brasil e do mundo, a escritora, desenhista e ilustradora santista Jussara Corrêa encerra o ano realizada. Tudo porque ela juntou a paixão por viagens e aventuras com a sede de conhecimento e o gosto pelo texto no livro Na Mochila de Zhu. Com 282 páginas, a obra publicada pela editora Ofício das Palavras foi lançada neste mês.


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No Brasil, Jussara conta que conheceu várias capitais quando trabalhava como supervisora de lojas. Passou por Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Goiânia, Salvador e Recife. Desde pequena, ela já viajava com o pai.

“Aprendi, desde pequena, a conhecer pessoas de lugares diferentes, e culturas e artes de outras partes do Brasil. Também desenho desde cedo. Gosto muito de praticar e, agora, com o livro, resgatei esse dom”, conta a escritora, que hoje tem 63 anos.


Além da criatividade para ilustrar, a escrita sempre fez parte do caminho de Jussara. Ela acredita até que se comunica melhor escrevendo do que falando. “Meu quarto era no escritório do meu avô, então as palavras sempre estavam ao meu redor. Além das cartas, em todos os trabalhos por onde passei, quando tinha algum texto para fazer, davam essa tarefa para mim”.


Jussara descreve o livro como um diário de memórias e viagens, em que ela fala um pouco da infância e das oportunidades que teve de viajar a trabalho. Entre 2011 e 2019, ela ia três vezes ao ano para a China. Permanecia na Ásia entre 45 e 90 dias, passando também por Hong Kong e Tailândia.


O segredo para viabilizar o livro, de acordo com Jussara, foi se manter escrevendo sempre. Mesmo nos dias em que ela não estava bem, registrava seus pensamentos e colocava a data, porque era uma forma de, em outro país, conseguir registrar o que sentia.

“Você está o dia inteiro falando outra língua, sem ter uma pessoa da sua cultura que vai te entender ou alguém para desabafar”, relata, em relação às dificuldades culturais e linguísticas do processo criativo.


Em novembro de 2019, Jussara tinha um caderno pronto, mas sentiu que precisava de outro para poder publicar seu livro. Com o começo da pandemia, que já afetava a China em fevereiro de 2020, manteve contato com as pessoas de lá, mas esse foi o momento mais difícil do projeto.

“Comecei a produzir em casa, como se estivesse viajando. Os desenhos seriam publicados da forma como foram feitos na primeira vez. Penso que a emoção está justamente nesse primeiro esboço. Refazer traria outra emoção”.


*Reportagem feita como parte do projeto Laboratório de Notícias A Tribuna - UniSantos sob supervisão do professor Eduardo Cavalcanti e do diretor de Conteúdo do Grupo Tribuna, Alexandre Lopes.


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