Falta de higienização de smartphones traz riscos à saúde

O smartphone se tornou um objeto de uso cotidiano, mas nem todo mundo lembra de higienizar o aparelho, o que pode não apenas prejudicar o próprio celular, como também gerar risco à saúde do usuário.

O médico Henrique Adhemar alerta que isso acontece, porque o aparelho é um lugar onde se depositam bactérias, fungos, vírus e até ovos de parasitas.

“Muitas vezes, nós deixamos os smartphones em ambientes contaminados”, explica Henrique Adhemar, “e sempre estamos em contato digitalizando e manipulando o aparelho, sem tomar cuidado com a sua higiene”. O médico acrescenta que a proximidade do usuário com o dispositivo, para enviar áudios, permite que pequenos perdigotos da boca fixem na tela, podendo gerar infecções. O correto, para o profissional da saúde, é que o celular seja higienizado sempre após o uso, para evitar quaisquer riscos ao bem-estar físico.

Carga e áudio

Para o vendedor Matheus Lobo, de uma assistência técnica de celulares na cidade de Santos, é sempre importante realizar a correta higienização desse tipo de dispositivo. “O indicado é realizar toda vez que o aparelho for levado para a rua”, afirma ele.

Caio Carvalho, que é proprietário de uma loja especializada na manutenção de smartphones, observa que o próprio aparelho pode apresentar problemas decorrentes da falta de cuidados com a sua higienização, como dificuldade de carregamento.

Já Matheus Lobo vê outro problema que pode ocorrer, caso o aparelho não seja higienizado corretamente e com frequência. “O acúmulo de sujeira pode diminuir o volume do componente auricular dos celulares. Isso faz com que o áudio, durante uma ligação, fique baixo a ponto de não se conseguir entender a pessoa do outro lado”, detalha o vendedor.

Como proceder

Mas os smartphones não podem ser higienizados de qualquer maneira, de acordo com Leopoldo Luis, técnico de uma assistência localizada no bairro do Gonzaga, em Santos. Para ele, o produto ideal a ser utilizado é o álcool isopropílico 99,8%. “Não pode ser usado nenhum outro álcool, ou produto, porque certamente isso irá danificar o equipamento”, afirma.

Matheus Lobo concorda e ressalta que é comum as pessoas utilizarem álcool em gel para higienizar o aparelho. “Isso é um erro, porque ele leva mais tempo para evaporar, o que pode comprometer os componentes eletrônicos”. O vendedor ainda indica o álcool isopropílico para a limpeza, por ser uma substância que elimina os germes sem danificar os celulares

*Reportagem feita como parte do projeto Laboratório de Notícias A Tribuna - UniSantos sob supervisão do professor Eduardo Cavalcanti e do diretor de Conteúdo do Grupo Tribuna, Alexandre Lopes.