Academias voltam a ter até 70% do movimento pré-pandemia em Santos

Medidas de segurança contra covid-19 são fundamentais para retorno confiável

Por: Thiago Silva*  -  19/10/21  -  18:53
 Academias mantêm cuidados, como distanciamento entre usuários e higienização dos equipamentos
Academias mantêm cuidados, como distanciamento entre usuários e higienização dos equipamentos   Foto: Divulgação/Marathon Academia

As academias em Santos têm registrado maior movimento nas últimas semanas. Em algumas delas, a frequência já chega a 70% do que ocorria antes da pandemia. O avanço da vacinação no Município e as medidas de segurança adotadas pelos estabelecimentos são fatores apontados pelos empresários do setor como fundamentais nessa recuperação.


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Renato Martini, proprietário da academia Marathon, na Ponta da Praia, afirma que, aos poucos, os usuários estão voltando aos treinos. Ele aponta que, desde a autorização de reabertura, foram adotadas as medidas de segurança elaboradas pela Associação Brasileira de Academias. Entre elas, higienização dos equipamentos, manutenção do distanciamento e controle de alunos por horário.


“Temos feito um trabalho constante de conscientização, com divulgação interna da importância de continuarmos respeitando todos os protocolos estabelecidos”, diz Martini. Ele destaca a importância de redobrar a atenção com os cuidados, mas compreende quem ainda não se sente seguro para retornar às atividades.


Santos atingiu na segunda-feira (18) o índice de 70% da população completamente vacinada contra a covid-19. Os números do Vacinômetro do Governo de São Paulo apontam que mais de 85% da população santista receberam a primeira dose da vacina, e 22,1 mil pessoas já tomaram a dose de reforço.


Para o médico infectologista Marcos Caseiro, o avanço da imunização torna o momento propício para a volta das atividades físicas em locais fechados. “Acho que, para as pessoas plenamente imunizadas, é sim o momento de ir para a academia”.


Mesmo assim, Caseiro recomenda precaução ao público com mais idade. “Tenho dados que mostram que a segunda dose para pessoas acima de 60 anos tem pouca efetividade”. Ele defende que esse público aguarde a terceira dose para voltar a frequentar ambientes como as academias sem correr riscos.


Para Luiz Antônio Domingues Filho, dono de um estúdio de personal training no Gonzaga, a procura nunca parou. “O movimento está ótimo. Com a pandemia, as pessoas perceberam a importância de ter o exercício físico na sua rotina”, explica.


No caso de Domingues, ele acredita que, por se tratar de um estúdio de personal training, os clientes tendem a ficar mais tempo. Logo, a rotatividade é baixa, o que reduz o risco de contato e, consequentemente, de contaminação.


Para quem pratica exercícios físicos, voltar à academia era algo aguardado. “Senti minha saúde física e mental cair”, afirma Ayrton dos Santos Teixeira, de 21 anos. Ele é aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército e diz ter ficado oito meses sem ir à academia. No retorno às atividades, Teixeira se sente mais seguro. “Já estou completamente imunizado e a academia adota as medidas de segurança”.


O mesmo se aplica à estudante de Direito Livia Ferreira, 19 anos. Ela conta que teve medo de voltar às academias, porque imaginava que seriam os locais com maior facilidade de contágio. “Por isso, adiei inúmeras vezes, retornando só em agosto”.


Livia conta que treinava em casa antes de retomar os treinos na academia. “Resolvi esperar até agora, porque os índices vêm diminuindo e grande parte da população, incluindo eu e minha família, está com a vacinação completa. Isso faz eu me sentir mais segura”, reforça.


* Reportagem feita como parte do projeto Laboratório de Notícias A Tribuna - UniSantos sob supervisão da professora Lidiane Diniz e do diretor de Conteúdo do Grupo Tribuna, Alexandre Lopes.


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