Obras do VLT viram dor de cabeça para moradores e comerciantes em Santos

Além de poeira e barulho, trecho interditado na Avenida Rodrigues Alves também é motivo de reclamação no Macuco

Por: Nathália de Alcantara  -  21/09/21  -  08:06
 O trecho da via entre a Av.Conselheiro Nébias e a Rua Pérsio de Queiroz Filho ficará interditado até o dia 22 de outubro
O trecho da via entre a Av.Conselheiro Nébias e a Rua Pérsio de Queiroz Filho ficará interditado até o dia 22 de outubro   Foto: Matheus Tagé/ AT

O primeiro dia de obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Av. Rodrigues Alves (sentido Macuco/ Encruzilhada) foi de transtornos para moradores e comerciantes. O trecho da via entre a Av. Conselheiro Nébias e a Rua Pérsio de Queiroz Filho ficará interditado até o dia 22 de outubro.


O motorista deve usar a Av. Francisco Glicério como rota alternativa. A Rua Dr. Leôncio de Resende Filho terá a mão de direção invertida, funcionando toda ela com sentido único (da Rodrigues Alves para o Canal 3). Quem usa o retorno na Rodrigues Alves para acessar essa mesma via em sentido ao Canal 4, a orientação é antecipar a conversão, fazendo-a junto à Rua João Guerra ou Rua Luiz Gama.


A pensionista Tânia Regina Gomes, de 65 anos, mora no local há 28 e espera uma valorização do local. “É uma reforma com barulho e poeira, mas que será para melhorias. A preocupação é com as motos que sobem na calçada para passar. Isso é muito perigoso”.


O sócio-proprietário da LR Decor, Vinicius Molina de Ávila, diz a obra será um transtorno grande, já que muitos clientes são atendidos no local.


“A gente precisa de um ambiente calmo para mostrar os projetos e o cliente também precisa dessa tranquilidade para ver tudo. Os projetistas também precisam de sossego para criarem tudo. Isso além de toda a poeira”.


O sócio-proprietário Leonardo Tadeu de Ávila concorda: “Os clientes não vão conseguir ter acesso ao local ou parar o carro. Quem não conhece a região terá mais dificuldade para chegar até nós”.


A aposentada Maria Ferreira de Souza, de 67 anos, passeava com a filha cadeirante e teve de criar uma rota alternativa. “Eu não sabia desse trecho em obras e tive de ir pelo meio da rua para conseguir passar. Sabendo disso, já não faço mais esse caminho, pois é arriscado para todo mundo. Falta sinalização no local”.


 A comerciante Luciana Sanches de Souza Pereira teme mais prejuízos nas próximas semanas
A comerciante Luciana Sanches de Souza Pereira teme mais prejuízos nas próximas semanas   Foto: Matheus Tagé/ AT

Moradora e dona da loja de roupas Sanches Plus Size, na Avenida Rodrigues Alves, Luciana Sanches de Souza Pereira, de 36 anos, lembra dos transtornos que as obras realizadas de dezembro de 2020 a março deste ano causaram ao seu comércio.


“As clientes ficaram sem acesso ao local e nem ter onde parar o carro. Perdemos muitas delas assim, pois desistiam da compra”. Ela prevê ainda mais perdas até 22 de outubro, quando está previsto o fim da obra.


“Hoje (na segunda, 20), como a via estava interditava, duas clientes entratam em contato perguntando como fazer para chegar aqui. O detalhe é que nem todas vão fazer isso. É complicado”, critica a comerciante. Ela, que mora na mesma via, ainda está preocupada com seu bebê de um ano. “Começou a barulheira e a poeira”.


Logo A Tribuna
Newsletter